Diddy vai permanecer em prisão no Brooklyn até a divulgação da sentença em outubro
Presídio apresenta condições precárias e casos de violência nos últimos anos

com informações da Reuters
Sean "Diddy" Combs, de 55 anos, deve continuar aguardando sua sentença na prisão em que está confinado por quase dez meses, no bairro do Brooklyn, em Nova York. O presídio tem fama de ser um local violento e com falta de pessoal. A divulgação da sentença está marcada para o dia 3 de outubro.
O magnata da música norte-americano está confinado no Centro de Detenção Metropolitano (MDC), desde sua prisão em setembro de 2024. A unidade, já abrigou traficantes sexuais condenados, como a socialite britânica Ghislaine Maxwell e o cantor americano de R&B R. Kelly.
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Após a leitura do veredito na quarta-feira (2), os advogados de Combs pediram ao juiz distrital dos EUA, Arun Subramanian, que o libertasse sob fiança de US$ 1 milhão. Contudo, o pedido foi negado após o magistrado citar evidências de seu comportamento violento apresentadas durante o julgamento.
Nos últimos anos, o MDC tem sido assolado por falta de funcionários, cortes de energia e até larvas na comida dos detentos. Em denúncias feitas duas semanas após a prisão de Combs, os promotores anunciaram acusações criminais contra nove detentos do presídio por crimes como agressão, tentativa de homicídio e homicídio cometidos na unidade.
O Departamento de Prisões dos EUA afirmou em comunicado que está empenhado em "esforços intensos para melhorar as condições no MDC Brooklyn". A agência governamental também declarou ter confiscado drogas, armas e outros tipos de contrabando durante uma operação de vários dias na prisão em outubro e novembro de 2024.
Relembre o julgamento
Na quarta-feira (2), os jurados do caso consideraram Combs inocente das acusações de tráfico sexual e extorsão, poupando-o de uma possível pena de prisão perpétua. No entanto, o condenaram por duas acusações de transporte para prostituição, o que pode levá-lo a uma condenação de 10 anos de prisão em cada uma das duas acusações.
O advogado de defesa de Combs, Marc Agnifilo, afirmou no tribunal que o rapper havia sido alojado em "uma parte muito difícil do MDC". Sua advogada, Alexandra Shapiro, afirmou em um documento judicial de novembro de 2024 que os frequentes lockdowns na unidade prejudicaram a capacidade de Combs de se preparar para o julgamento.