Cantor de "I believe I can fly" é condenado a 30 anos de prisão
R.Kelly foi condenado por esquema de tráfico sexual e extorsão
Luiza Bervian
O cantor norte-americano R.Kelly, de 55 anos, conhecido nos anos 90 pelo sucesso I believe I can fly e pela parceria com Celine Dion, foi condenado nesta 4ª feira (29.jun) a 30 anos de prisão por tráfico sexual e extorsão. Além disso, deve pagar indenização de cerca de US$ 100 mil. Ele teria usado sua fama para abusar sexualmente de fãs jovens, incluindo algumas crianças, em esquema que durou décadas. Ele está preso sem fiança desde 2019.
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O vencedor do Grammy não demonstrou reação ao ouvir a sentença e nem se pronunciou. Em 2008, R.Kelly já havia sido acusado por pornografia infantil, mas foi considerado inocente pelo júri em Chicago. A repercussão das denúncias só aumentou após o lançamento do documentário Sobrevivendo a R.Kelly que contou com depoimentos de diversas vítimas que relataram que além de sofrerem violência sexual, eram trancadas por dias sem alimento.
Vários acusadores testemunharam que o cantor de R&B os submeteu a caprichos perversos e sádicos quando eram menores de idade. Eles alegaram que foram obrigados a assinar termos de confidencialidade sendo submetidos a ameaças e punições, como surras violentas, e passar fezes no rosto, se quebrassem o que chamava de "regras de Rob".
Os advogados de Robert Sylvester Kelly argumentaram que ele não deveria pegar mais de 10 anos de prisão porque teve uma infância traumática "envolvendo abuso sexual infantil grave e prolongado, pobreza e violência". Segundo sua defesa, como um adulto com "deficiências de alfabetização", a estrela foi "repetidamente defraudada e abusada financeiramente, muitas vezes pelas pessoas que ele pagou para protegê-lo".