Cuba confirma 33 mortes por doenças transmitidas por mosquitos em meio a epidemia
Autoridades relatam aumento de casos de dengue e chikungunya, com impacto em um terço da população cubana

Reuters
O governo de Cuba confirmou nesta segunda-feira (1º) a morte de 33 pessoas devido a doenças transmitidas por mosquitos, como parte de uma epidemia que já afetou pelo menos um terço da população, segundo informações oficiais.
A vice-ministra da Saúde de Cuba, Carilda Peña, informou que 12 pessoas morreram em decorrência da dengue e 21 por chikungunya, os dois vírus que estão se espalhando amplamente pela ilha caribenha. Segundo Peña, ao menos 21 das vítimas tinham menos de 18 anos de idade. A representante do governo não especificou o período exato em que as mortes ocorreram.
A epidemia, ainda em curso, agrava a situação já crítica do sistema de saúde cubano, que enfrenta sérias dificuldades em meio a uma crise econômica profunda, marcada por escassez de alimentos, combustível e medicamentos.
A dengue, já comum no país, piorou nos últimos meses devido à falta de recursos e combustível, o que tem prejudicado ações de fumigação, limpeza de lixo nas vias públicas e conserto de encanamentos danificados.
Já a chikungunya, anteriormente rara em Cuba, tem se disseminado com rapidez recente.
Ainda não existe tratamento específico para a chikungunya, que é transmitida principalmente por mosquitos do gênero Aedes, os mesmos que carregam os vírus da dengue e da zika.
Peña informou ainda que foram registrados 5.717 novos casos de chikungunya na última semana. No entanto, o governo admite que muitos casos não são notificados, uma vez que a maioria dos pacientes não necessita de internação.









