Conflitos no Oriente Médio: lideranças mundiais fazem apelo por cessar-fogo
Situação vem se agravando com ataques de Israel ao Líbano e com o mais recente bombardeio do Irã em Tel Aviv
A escalada dos conflitos no Oriente Médio aumentou a preocupação de autoridades e chefes de Estado internacionais. Enquanto a corda segue sendo esticada, há o temor de que os confrontos na região se tornem generalizados.
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Nesta terça-feira (1º), Israel fez uma incursão terrestre com suas tropas no Líbano. Mais tarde, o Irã disparou cerca de 120 mísseis balísticos em Tel Aviv.
Em meio aos novos e intensos conflitos militares, lideranças mundiais fizeram uma série de apelos. Alguns países adotam tons mais críticos a um lado do que ao outro.
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ONU
O secretário-geral da das Nações Unidas (ONU), Antônio Guterres se posicionou duas vezes para pedir um cessar-fogo imediato na região.
"Estou extremamente preocupado com a escalada do conflito no Líbano e apelo por um cessar-fogo imediato. Uma guerra total deve ser evitada no Líbano a todo custo, e a soberania e a integridade territorial do Líbano devem ser respeitadas", publicou Guterres no X.
Mais tarde, ele também condenou a ofensiva iraniana ao território à Tel Aviv, capital israelense. "Condeno a ampliação do conflito no Oriente Médio, com escalada após escalada. Isso precisa parar. Precisamos absolutamente de um cessar-fogo", disse.
Estados Unidos
Recentemente, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu um cessar-fogo no Líbano, mas comemorou a "justiça" pela a morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, após um ataque militar de Israel em Beirute.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou ainda que os EUA vão seguir trabalhando para buscar soluções diplomáticas para ajudar na resolução dos conflitos em andamento com aliados do país, como Israel. No entanto, Biden e os integrantes do governo americano são mais enfáticos ao condenar os ataques do Irã à Tel Aviv.
"Esta manhã, Kamala Harris e eu convocamos nossa equipe de segurança nacional para discutir os planos iranianos de lançar um ataque iminente de mísseis contra Israel. Discutimos como os Estados Unidos estão preparados para ajudar Israel a se defender desses ataques e proteger o pessoal americano na região", publicou no X. A publicação foi compartilhada por Harris, também no X.
Reino Unido
O Reino Unido também pediu um cessar-fogo no Oriente Médio, mas assim como os Estados Unidos, adotaram tom mais firme para condenar os ataques do iranianos em Israel. O gabinete do primeiro-ministro, Keir Starmer, afirmou que o !Reino Unido condena completamente as ações do Irã e faz um apelo pela redução da escalada na região do Oriente Médio!. Em pronunciamento, Starmer afirmou que o país possui um "forte compromisso" com a segurança de Israel e proteção dos civis.
Na sexta-feira (28), após o ataque a Beirute que culminou na morte do líder do Hezbollah, o Secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, David Lammy, disse ter conversado com o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati e afirmou que é necessário "um fim imediato ao derramamento de sangue" em publicação no X.
Alemanha
A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, também publicou no X um pedido de cessar-fogo na região, mas com foco no ataque dos iranianos: "Nós alertamos ao Irã sobre essa escalada perigosa. O Irã deve parar o ataque imediatamente. Ele está levando a região ainda mais para a beira do abismo".
Espanha
O presidente da Espanha, Pedro Sanchez publicou na rede social X que conversou com o secretário Antônio Guterres e fez um apelo para um cessar-fogo imediato dos conflitos em andamento no Oriente Médio.
"Acabei de falar com o secretário Antônio Guterres sobre a situação alarmante no Oriente Médio. O Governo da Espanha condena o ataque do Irã contra Israel e apela a que esta espiral de violência termine agora. Para alcançar a paz, é essencial um cessar-fogo em Gaza e no Líbano, e o direito internacional e o direito humanitário internacional são respeitados", defendeu.
Irã
O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, afirmou que os ataques foram uma "resposta" ao regime sionista de Israel e que os ataques foram baseados em direitos legítimos e com "objetivo de paz".
"Com base em direitos legítimos e com o objetivo de paz e segurança para o Irão e para a região, foi dada uma resposta decisiva à agressão do regime sionista. Esta acção foi em defesa dos interesses e dos cidadãos do Irão. Deixe [o primeiro-ministro de Israel, Benjamin] Netanyahu saber que o Irã não é um beligerante, mas mantém-se firmemente contra qualquer ameaça. Este é apenas um canto do nosso poder. Não entre em conflito com o Irã", publicou nas redes sociais.
Rússia
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia recebeu o embaixador do Líbano em Moscou, Bu Nassar, nesta terça-feira (1). Em um comunicado, o lado russo "expressou forte condenação da invasão terrestre do Líbano lançada por Israel". A Rússia, no entanto, não condenou os ataques do Irã à Israel. Na sexta-feira passada, os russos afirmaram que Israel terá "responsabilidade total" pelas consequências "drásticas" que a morte de Nasrallah pode causar na região.
Hamas
O grupo islâmico radical que está em guerra contra Israel na Faixa de Gaza parabenizou a ação do Irã. Segundo o Hamas, os bombardeios foram atos "heroicos" e que os ataques são uma "resposta aos crimes contínuos contra os povos da região, e em retaliação ao sangue dos mártires heroicos de nossa nação [Palestina]".