Em epidemia de dengue, Argentina limita venda de repelente a duas unidades por família
Supermercados estão ficando desabastecidos e governo pede maior agilidade das empresas para exportar produtos
Segundo o setor de supermercados da Argentina, com a epidemia, as vendas de produtos como repelentes e inseticidas quadruplicaram nos últimos dias, deixando as lojas com risco de desabastecimento. As vendas cresceram principalmente após o presidente Javier Milei isentar os 26% de impostos cobrados sobre o produto em situações normais.
O secretário de Comércio da Argentina, Pablo Lavigne, comunicou a representantes das principais empresas produtoras de repelentes sobre a limitação: SC Johnson (Off!, Fuyi, Raid), Algabo (Vais) e Queruclor (Akthiol).
Outro ponto debatido na reunião foi sobre a exportação do DEET, matéria-prima para produzir repelentes, que não é produzido na Argentina. As autoridades se comprometeram a importar insumo da China ou do Japão, que geralmente é entregue por navio, e a operação para envio para a Argentina dura de 60 a 90 dias.
Como a situação no país é de emergência, as importações passaram a ser feitas por avião, que custa três vezes mais. A operação por meio de transporte aéreo dura 10 dias.
Epidemia
Os argentinos vivem sua primeira epidemia de dengue desde julho de 2023. Mais de 180 mil pessoas já foram infectadas pela doença e 129 pessoas morreram até o dia 5 de abril. Segundo o governo, os mosquitos transmissores da dengue circulam em 19 dos 24 territórios argentinos.
