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Caso P.Diddy: cantora Cassie afirma que rapper a estuprou e ameaçou divulgar vídeos íntimos

Artista afirma que foi abusada após o término do relacionamento e que o agressor a forçava a participar de encontros sexuais gravados

Imagem da noticia Caso P.Diddy: cantora Cassie afirma que rapper a estuprou e ameaçou divulgar vídeos íntimos
Cassie relata abusos sexuais cometidos por P.Diddy | Reprodução
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A cantora de R&B Cassie testemunhou nesta quarta-feira (14) no Tribunal Federal de Manhattan contra o rapper Sean “Diddy” Combs. Ela afirma que ele a estuprou após o fim de um relacionamento de 10 anos, marcado por abusos físicos e ameaças com vídeos sexuais degradantes.

Em sua segunda vez no tribunal, durante o julgamento em que Diddy é acusado de tráfico sexual, Cassie relatou que ele invadiu seu apartamento em Los Angeles e a violentou no chão da sala de estar, depois que ela anunciou o término da relação.

Cassie também afirmou que era coagida a participar de “centenas” de encontros com trabalhadores sexuais do sexo masculino. Segundo ela, os encontros eram assistidos e controlados por Diddy por horas ou até dias. Ela disse que não sentia que podia recusar, pois ele ameaçava divulgar os vídeos e fazê-la "parecer uma vagabunda".

“Eu temia pela minha carreira. Temia pela minha família. É simplesmente constrangedor. É horrível e nojento. Ninguém deveria fazer isso com ninguém”, declarou Cassie, cujo nome completo é Casandra Ventura.

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Durante o julgamento, os promotores exibiram ao júri cinco imagens dos vídeos sexuais mencionados. Cassie afirmou que as imagens a mostravam em diferentes momentos dos encontros, que Diddy chamava de “freak-offs”. As reações do júri incluíram expressões de choque e reprovação.

Cassie entrou com um processo contra o rapper em 2023, acusando-o de anos de abuso físico e sexual. O caso foi encerrado em poucas horas com um acordo de US$ 20 milhões — valor revelado por ela apenas nesta quarta-feira. No entanto, outras denúncias semelhantes de diferentes mulheres surgiram, o que levou à investigação criminal.

Os promotores alegam que Diddy usou sua posição de poder como executivo da indústria musical para coagir Cassie e outras mulheres a participarem de atos sexuais forçados. Ele responde por cinco crimes, entre eles tráfico sexual por meio de força, fraude ou coerção. Outras testemunhas ainda devem depor no decorrer do julgamento.

A defesa de Diddy nega todas as acusações. Seus advogados admitem que ele podia agir com violência, mas sustentam que as relações foram consensuais e não se enquadram como tráfico sexual ou formação de quadrilha.

O rapper, de 55 anos, está preso desde setembro de 2024. Caso seja condenado, poderá enfrentar uma pena mínima de 15 anos de prisão. A previsão é de que o julgamento dure aproximadamente dois meses.

*com informações da Associated Press

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