Mundo

Caso Epstein: E-mails divulgados por democratas sugerem que Trump sabia de abusos sexuais e passou horas com vítima

Mensagens sugerem que o presidente dos EUA sabia dos abusos cometidos por Epstein e chegou a passar horas com uma das vítimas

Imagem da noticia Caso Epstein: E-mails divulgados por democratas sugerem que Trump sabia de abusos sexuais e passou horas com vítima
Jeffrey Epstein e Donald Trump | Reprodução
• Atualizado em
Publicidade

E-mails divulgados nesta quarta-feira (12) por democratas do Comitê de Supervisão da Câmara dos Estados Unidos indicam que o presidente Donald Trump tinha conhecimento dos abusos cometidos pelo financista Jeffrey Epstein.

+ Trump se pronuncia sobre suposta carta de aniversário que teria escrito para Epstein

Nas mensagens, Epstein afirma que Trump chegou a “passar horas” em sua casa com uma das vítimas de exploração sexual. As revelações reacendem as discussões sobre a relação entre os dois.

Epstein, empresário conhecido por manter conexões com políticos, celebridades e grandes empresários, foi acusado de abusar de mais de 250 meninas menores de idade e de chefiar uma rede internacional de exploração sexual.

Preso em julho de 2019, ele foi encontrado morto cerca de um mês depois, dentro de sua cela, em Nova York. O caso ganhou repercussão mundial e levantou teorias sobre as circunstâncias de sua morte.

+ Rei Charles retira título de príncipe Andrew após envolvimento no caso Epstein

Em um e-mail de abril de 2011, enviado a Ghislaine Maxwell, que mais tarde seria condenada por ajudar nos crimes de Epstein, o financista escreveu: “Quero que você perceba que o cachorro que não latiu é Trump”. Ele acrescentou que uma vítima “passou horas na minha casa com ele e nunca foi mencionada uma única vez”.

Outro e-mail, de 2019, enviado ao escritor Michael Wolff, mostra Epstein dizendo que Trump “sabia sobre as meninas, pois pediu a Ghislaine que parasse [o esquema]”.

Já em mensagens sem data especificada, Epstein discute como responder à imprensa sobre seu relacionamento com o republicano, que à época ganhava projeção como figura política nacional.

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, acusou os democratas de terem "vazado e-mails seletivamente" para "criar uma narrativa falsa para difamar o presidente Trump".

Trump nega qualquer envolvimento. O presidente admite ter sido próximo de Epstein nos anos 1990 e início dos 2000, mas afirma que rompeu a amizade após uma disputa por um imóvel em Palm Beach, na Flórida.

O caso se tornou um novo foco de crise política para o governo Trump. Grupos, inclusive dentro de sua base de apoio, cobram a divulgação completa dos arquivos do caso Epstein.

+ Caso Epstein: Congresso norte-americano convoca casal Bill e Hillary Clinton para prestar esclarecimentos

Em fevereiro, o Departamento de Justiça publicou parte dos documentos, sem apresentar novas informações. Desde então, Trump tem minimizado o tema e chamado de “idiotas” os que continuam discutindo o assunto, embora ele próprio tenha contribuído para difundir teorias conspiratórias sobre o caso.

Segundo fontes do Departamento de Justiça, o presidente foi alertado em maio de que seu nome aparecia entre os citados nos documentos relacionados a Epstein.

+ Caso Epstein: Comissão da Câmara dos EUA divulga mais de 33 mil páginas sobre o bilionário

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade