Carla Zambelli é presa na Itália

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi presa na Itália nesta terça-feira (29). A informação foi confirmada ao SBT pela Polícia Federal.

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O deputado italiano Angelo Bonelli publicou em suas redes sociais que informou o endereço da brasileira, em um apartamento em Roma, à polícia italiana. Segundo ele, a parlamentar já foi identificada pelas autoridades.

O Ministério da Justiça do Brasil já havia solicitado oficialmente a extradição da ex-deputada, que foi considerada foragida após ter saído do país sem autorização. Ela já havia sido condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos e 8 meses de prisão e aguardava resposta aos recursos quando decidiu deixar o Brasil. Seus recursos foram negados e ela teve sua prisão preventiva decretada. Considerada foragida da Justiça, Zambelli foi incluída na lista de difusão vermelha da Interpol.

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Zambelli foi acusada de integrar uma organização criminosa digital responsável por ataques aos sistemas do Poder Judiciário. Desde a decisão do STF, ela deixou o Brasil e passou a viver na Itália, uma vez que tem cidadania italiana.

Carla Zambelli estava fora do Brasil desde junho

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) anunciou no dia 3 de junho, em entrevista a um canal do YouTube, que estava fora do Brasil. Na ocasião, Zambelli disse que não estava abandonando o Brasil e que considerava a saída do país um ato de resistência. "É voltar a ser a Carla que eu era antes das amarras que essa ditadura nos impôs", revela.

"Eu tenho ficado calada diante de um pressão judicial que eu tenho sofrido. E, me cansei, me cansei de ficar calada", disse em entrevista à Rádio AuriVerde.

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Zambelli disse que pediria uma licença não remunerada do mandato. "O gabinete vai ser ocupado pelo meu suplente", informou Carla.

Na entrevista, a deputada acusava um "tempo de ditadura, falta de liberdade e censura" no Brasil e disse que iria denunciar a situação em todas as cortes da Europa.

Zambelli questionou a pena que recebeu do Supremo Tribunal Federal (STF), alegando que não roubou, estuprou ou matou ninguém.

"Eu poderia ir para a prisão, esperar um tempo, continuar no meu país e depois me entregar para a Justiça. Mas, que Justiça? Que Judiciário?", disse.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, no dia 14 de maio, por unanimidade, condenar a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) a dez anos de prisão por invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de documentos falsos.

Além da prisão, ela precisará pagar uma indenização de R$ 2 milhões, juntos. O Supremo também determinou a perda do mandato da deputada, a ser executada após o trânsito em julgado da ação — quando não houver mais possibilidade de recurso.

* Reportagem em atualização