Brasileiros detidos por Israel serão deportados nesta terça (07), diz flotilha
Ativistas, entre eles Thiago Ávila e a deputada federal Luizianne Lins, deixarão o território israelense com destino à Jordânia e, depois, retornarão ao Brasil

SBT News
Os 13 brasileiros detidos por Israel na última quarta-feira (1º), enquanto tentavam chegar à Faixa de Gaza para entregar ajuda humanitária, serão deportados nesta terça-feira (7), informou na noite desta segunda-feira (6) a Global Sumud Flotilla, organização responsável pela viagem. A entidade disse ter sido comunicada da deportação pela Embaixada do Brasil em Tel Aviv.
Os ativistas — entre eles Thiago Ávila e a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) — deixarão Israel com destino à Jordânia e, depois, retornarão ao Brasil. A embaixada brasileira em Amã, no país, já foi notificada e se prepara para recebê-los. Eles deverão chegar à Jordânia por volta das 12h (horário local; 6h no Brasil). Em seguida, passarão por avaliação médica antes de embarcarem de volta a seu país de origem.
Membros do Itamaraty vão monitorar a deportação dos brasileiros detidos por Israel até a chegada à Jordânia. Atualmente, eles estão detidos na prisão prisão de Ketziot, no deserto de Negev, ao sul, e deixarão o território israelense pela ponte Allenby.
A flotilha celebrou a deportação dos ativistas, mantidos sob custódia de Israel há cinco dias, em meio a denúncias de maus-tratos. Apesar disso, criticou o "deslocamento forçado" do povo palestino e o que chamou de "limpeza étnica" em Gaza.
"A liberdade dos nossos integrantes carrega um símbolo de resistência, mas também nos lembra que não há liberdade verdadeira enquanto o cerco persistir, o deslocamento forçado e a limpeza étnica em Gaza", escreveu a entidade em publicação no Instagram. "É urgente que a comunidade internacional e os governantes acabem com a inércia e atuem de forma concreta para garantir a liberdade do povo palestino."
A Flotilha Global Sumud é um grupo internacional formado por ativistas, parlamentares e civis de 44 países. Integrantes de delegações da Argentina, Colômbia, África do Sul e Nova Zelândia, também deverão ser deportados nesta terça-feira.
Os tripulantes partiram em mais de 50 barcos levando alimentos, água potável e suprimentos médicos à população de Gaza. Em outubro de 2023, quando a guerra eclodiu, Israel impôs um cerco total ao enclave e, desde o início de março, o governo israelense tem bloqueado também as entregas humanitárias para o território.