Brasileira ligada a porta-voz da Casa Branca é detida nos Estados Unidos
Bruna Caroline Ferreira foi detida durante blitz migratória; família arrecada fundos para defesa jurídica
SBT Brasil
O Serviço de Imigração dos Estados Unidos prendeu a brasileira Bruna Caroline Ferreira, mãe do sobrinho de 11 anos da porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt. O caso repercutiu nacionalmente.
Bruna foi detida durante uma blitz no último dia 12. A família iniciou uma campanha online para arrecadar recursos e cobrir os custos com advogados.
De acordo com informações divulgadas, Bruna foi levada ainda criança aos Estados Unidos pelos pais, no final da década de 1990. Ela entrou no país com visto de turismo e desde então manteve status legal por meio do programa DACA – Deferred Action for Childhood Arrivals, conhecido em português como Ação Diferida para Chegadas na Infância.
O programa foi criado em 2012, durante o governo do ex-presidente Barack Obama. A política migratória norte-americana concede autorização de trabalho a estrangeiros que chegaram ilegalmente ao país quando crianças, conhecidos como “dreamers” – ou sonhadores. Parte desses beneficiários conseguiu regularizar a situação ao longo dos anos, enquanto outros seguem em condição indefinida.
Durante seu primeiro mandato, em 2017, o presidente Donald Trump tentou suspender o DACA, mas a decisão foi barrada pela Suprema Corte. Atualmente, beneficiários têm evitado renovar o acesso ao programa, com receio de que o processo leve à prisão e posterior deportação.
Mesmo com a ligação familiar de Bruna com Karoline Leavitt, ela segue presa. Nem a Casa Branca e nem a porta-voz se pronunciaram sobre o caso.
O pai do menino, que hoje vive com a família americana, concedeu entrevista a uma emissora local. Segundo ele, seu maior desejo é garantir o melhor para a criança.
Em entrevista ao SBT, o advogado Rubin Jeffrey, que representa Bruna, informou que conversou com ela recentemente. "Ela está obviamente traumatizada por esta emboscada", disse.
O advogado explicou que Bruna foi beneficiária do programa DACA e que tem uma entrevista marcada para finalizar o processo de regularização. A expectativa da defesa é que ela seja liberada sob fiança, a tempo de passar o feriado de Ação de Graças com o filho e a família.









