Bombeiros retomam buscas por bilionário e outros cinco desaparecidos após iate afundar na Itália
Vítimas teriam ficado presas nas cabines abaixo do convés; embarcação está a 50 metros de profundidade, dificultando o trabalho dos agentes
Mergulhadores retomaram nesta terça-feira (20), na Itália, as buscas pelos seis desaparecidos após o naufrágio de um superiate de luxo na costa da Sicília. A embarcação afundou durante a passagem de uma tempestade pela região, e 15 das 22 pessoas que estavam a bordo foram resgatadas com vida.
O corpo de uma das vítimas, um homem identificado como o chef de bordo, foi localizado. As autoridades buscam agora os corpos do magnata britânico de tecnologia, Mike Lynch e sua filha de 18 anos; o presidente do Morgan Stanley International, Jonathan Bloomer e a esposa; e o advogado de Lynch, Christopher Morvillo e sua esposa.
Quem é Mike Lynch, bilionário britânico desaparecido após iate de luxo afundar na Itália
Segundo o Corpo de Bombeiros, a embarcação de mais de 56 metros estava ancorada a cerca de um quilômetro da costa quando foi atingida por uma tromba d'água formada pela força do vento em contato com a água. A Defesa Civil aponta que o incidente aconteceu por volta de 4 horas da manhã de segunda-feira (19), o que impossibilitou qualquer reação das vítimas, já que a maioria estava dormindo.
Segundo o testemunho dos sobreviventes, os passageiros celebravam a absolvição de Mike Lynch de acusações de fraude e conspiração em um julgamento federal dos Estados Unidos relacionados à aquisição de US$ 11 bilhões da empresa do britânico, a Autonomy Corp, pela empresa Hewlett Packard (HP).
Os destroços do iate foram localizados a 50 metros de profundidade e, desde então, mergulhadores do Corpo de Bombeiros da Itália se alternam em turnos de 12 minutos para tentar encontrar os desaparecidos.
Presidente da Morgan Stanley está entre os desaparecidos em acidente de iate
As equipes de busca rotativas, cada uma composta por dois mergulhadores especializados em cavernas, trabalham nesta terça-feira (20) para abrir pontos de acesso ao interior dos destroços, que estão a uma profundidade muito além do que a maioria dos mergulhadores recreativos são certificados para alcançar.
Os mergulhadores ainda não conseguiram acessar as cabines abaixo do convés, onde se presume que esteja a maioria das vítimas, por estarem bloqueadas por móveis que se deslocaram durante a violenta tempestade.
* Com informações da Associated Press