Benjamin Netanyahu e Joe Biden se encontram na Casa Branca pela primeira vez
Primeiro-ministro de Israel disse que está pronto para trabalhar com o americano pelos próximos meses; ele também se reuniu, separadamente, com Kamala Harris
Nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden e a vice Kamala Harris tiveram encontros separados com o primeiro-ministro de Israel. A visita de Benjamin Netanyahu provocou uma série de protestos na capital americana.
Sem atrasos, Benjamin Netanyahu chegou pontualmente à Casa Branca para o encontro com Joe Biden. O presidente dos Estados Unidos foi breve.
"Temos muito o que conversar e acho que devemos ir direto ao ponto", disse Biden. Netanyahu respondeu que está pronto para trabalhar com o americano pelos próximos meses.
Joe Biden fica no poder até janeiro. O encontro com Netanyahu acontece dias depois de ele anunciar que não vai disputar a reeleição. De acordo com a porta-voz da Casa Branca, a decisão foi tomada no último domingo (21), não por questões de saúde, mas por outros motivos.
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Biden citou um deles no pronunciamento feito na quarta-feira (24) à noite. Disse que é preciso salvar a democracia."O melhor caminho é passar o bastão para as novas gerações", afirmou.
Nesta quinta-feira (25), depois do encontro com Biden, Netanyahu se reuniu, separadamente, com a vice Kamala Harris. Antes, a pré-candidata democrata havia discursado para professores, em Houston.
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"Nós queremos proibir armas, os republicanos querem proibir livros", ela disse.
No dia anterior, Kamala havia recusado o convite para abrir a sessão com o primeiro-ministro israelense no Congresso, alegando conflito de agendas.
Americanos protestam contra os ataques em Gaza
Do lado de fora, protestos pelo segundo dia consecutivo contra os ataques em Gaza. A Casa Branca foi totalmente cercada.
Na quarta-feira, bandeiras dos Estados Unidos foram arrancadas, queimadas e substituídas por bandeiras da Palestina.
A polícia entrou em confronto com os manifestantes. Muitos foram presos.
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Os protestos geraram reação política em meio à corrida pela Casa Branca. Kamala Harris condenou a violência nas ruas e a queima da bandeira dos Estados Unidos. Donald Trump defendeu a criação de uma lei que criminalize o que chamou de "profanação" de símbolos do país. O republicano sugeriu pena de um ano de prisão para esse tipo de ato.
Em entrevista à Fox News, ele disse que Benjamin Netanyahu deveria encerrar o conflito imediatamente porque está "manchando" a imagem de Israel. O ex-presidente americano deve se encontrar com o premiê israelense, nesta sexta-feira, na Flórida.