Ativistas organizam "Flotilha da Liberdade" para levar 5 toneladas de ajuda alimentar à Gaza
A bordo de três navios, ativista de mais de 30 países, incluindo Brasil, querem furar bloqueio marítimo imposto por Israel ao enclave palestino
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Liderada pela Fundação Turca de Ajuda Humanitária (IHH), uma coalizão de navios com 5 mil toneladas de alimentos deverá deixar Istambul, na Turquia, com destino à Faixa de Gaza, nos próximos dias. A partida estava marcada para domingo (21), mas foi adiada.
A flotilha inicial, nomeada de "Flotilha da Liberdade", é composta por três navios, dois dos quais transportarão ajuda humanitária, enquanto o terceiro transportará mil passageiros, incluindo trabalhadores humanitários e membros da imprensa. Posteriormente, os organizadores querem que barcos adicionais partam de regiões diferentes, como o Chipre, para se juntar a coalizão, que tem como objetivo desafiar o bloqueio imposto por Israel ao enclave palestino.
"Esta é uma missão de emergência, uma vez que a situação em Gaza é terrível, com a fome a instalar-se no norte de Gaza e a fome catastrófica presente em toda a Faixa de Gaza, como resultado de uma política deliberada do governo israelense para matar de fome o povo palestino", afirmam os organizados em comunicado.
"Levar ajuda humanitária aos palestinos em Gaza é urgente, mas não é suficiente. Temos de acabar com o bloqueio ilegal e mortal de Israel, bem como com o controle geral de Gaza por parte de Israel", afirma a nota.
Essa não é a primeira missão do grupo ao enclave palestino. Em maio de 2010, a Flotilha tentou romper o bloqueio marítimo à Faixa de Gaza, mas foi interceptada pela Marinha de Israel, que abriu fogo e matou 10 ativistas turcos. A crise diplomática entre Israel e Turquia só foi resolvida em 2016, depois que Tel Aviv concordou pagar US$ 20 milhões em compensação às famílias das vítimas e permitiu a entrada de ajuda humanitária em Gaza.
Na frota que deve zarpar nos próximos dias também estão grupos humanitários dos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia. Entre os passageiros há, pelo menos, dois brasileiros: o ativista Thiago Ávila e Fellipe Lopes, assessor de imprensa da missão.