Novo ataque de Israel a acampamento de refugiados em Rafah deixa ao menos 21 mortos
Ataque aconteceu enquanto manifestantes, em várias partes do mundo, ainda protestavam contra as 45 mortes provocadas por bombardeio no domingo
Um novo bombardeio israelense a um acampamento de refugiados, nos arredores de Rafah, deixou 21 palestinos mortos nesta terça-feira (28). O ataque aconteceu enquanto manifestantes, em várias partes do mundo, ainda protestavam contra as 45 mortes provocadas pelos mísseis e por um incêndio, na mesma região, na noite do último domingo.
Boa parte do mundo protestou contra as cenas de terror, como a de um pai que morreu abraçado com o filho. "Eles estavam carbonizados. Não conseguimos separá-los", conta o diretor médico de uma das organizações que tentam tratar os feridos.
Entre os mortos que puderam ser reconhecidos, há pelo menos 12 mulheres e oito crianças, segundo o Crescente Vermelho, braço da Cruz Vermelha na Palestina. Outras 64 ficaram feridas, das quais 10 em estado crítico, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
A onda de críticas aos ataques contra civis em Gaza -- que não fez Israel recuar -- cresce junto com o número de países que reconhecem a Palestina como estado soberano. Agora, são 146. Nesta terça, entraram oficialmente na lista Irlanda, Noruega e Espanha.
O premiê espanhol, Pedro Sánchez, afirmou que a decisão não é contra ninguém e que representa uma justiça histórica para o povo palestino.