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Ataque israelense em campo de refugiados deixa ao menos 30 mortos em Gaza

Bombardeio atingiu agência dos correios utilizada como abrigo por famílias deslocadas

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Fumaça de explosão na Faixa de Gaza | Reprodução
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Pelo menos 30 pessoas morreram e outras 40 ficaram feridas em um ataque israelense no centro da Faixa de Gaza, na noite de quinta-feira (12). O bombardeio atingiu uma agência dos correios no campo de refugiados de Nuseirat, que estava sendo utilizado como abrigo por famílias deslocadas por conta da guerra entre Israel e Hamas.

+ Anistia Internacional acusa Israel de genocídio na Faixa de Gaza

Segundo autoridades palestinas que trabalham em dois dos centros médicos restantes de Gaza, 25 corpos foram levados às unidades logo após o bombardeio. A chegada das vítimas aconteceu enquanto os médicos ainda avaliavam o número total de mortos deixados pelos ataques israelenses feitos pela manhã.

Entre eles estão dois realizados no corredor humanitário no sul de Gaza, que deixaram 13 mortos. Enquanto os médicos afirmaram que as vítimas faziam parte de uma força para proteger caminhões de ajuda humanitária, o exército israelense alegou que os alvos eram militantes do Hamas que tentavam roubar os carregamentos.

“Todos os terroristas eliminados eram membros do Hamas e planejavam sequestrar violentamente caminhões de ajuda humanitária e transferi-los para o Hamas em apoio à atividade terrorista contínua, impedindo-os de chegar aos civis de Gaza, como foi feito em casos anteriores”, disseram as Forças de Defesa de Israel.

Dados do Ministério da Saúde de Gaza apontam que 44 mil pessoas já foram mortas desde o início da guerra entre Israel e Hamas, em outubro de 2023. A ofensiva israelense também provocou o deslocamento de 90% da população, que continua em busca de locais seguros para se abrigar. Com a ajuda humanitária escassa devido aos combates, quase todos os habitantes estão enfrentando altos níveis de insegurança alimentar.

Pedido de cessar-fogo

Em meio à crise humanitária, a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou, na última quarta-feira (11), uma resolução que exige um cessar-fogo imediato, incondicional e permanente em Gaza. O texto também demanda a liberação imediata de todos os reféns capturados pelo Hamas em outubro de 2023.

Apesar de ter votado contra a resolução, os Estados Unidos continuam pressionando Israel para suspender as hostilidades no enclave. Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, disse que o cessar-fogo acordado entre Israel e Líbano “abriu o caminho” para encerrar o conflito em Gaza. Ele planejava viajar para o Catar nos próximos dias, onde se encontrará com mediadores nas negociações de trégua.

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