Assista: Astrônomos flagram buraco negro raro destruindo estrela em galáxia
Episódio foi observado a cerca de 450 milhões de anos-luz da Terra, onde um clarão incomum chamou a atenção de telescópios espaciais

SBT News
Um buraco negro raro destrói uma estrela solitária em uma galáxia distante. O que parece uma frase dita em um filme como "Star Wars" ou "Star Trek", foi a imagem flagrada por astrônomos.
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O episódio foi observado a cerca de 450 milhões de anos-luz da Terra, onde um clarão incomum chamou a atenção de telescópios espaciais. A luz intensa e repentina é característica do que os cientistas chamam de evento de perturbação de maré, quando uma estrela é dilacerada pela força gravitacional de um buraco negro.
O responsável pelo clarão seria o HLX-1, um forte candidato a buraco negro de massa intermediária. A descoberta foi descrita em um estudo publicado no The Astrophysical Journal.
Assista:
O enigma dos buracos negros "intermediários"
Os buracos negros de massa intermediária são uma categoria ainda pouco compreendida pela ciência. Com massas que variam entre 100 e 100 mil vezes a do Sol, eles ocupam uma faixa “intermediária” entre os buracos negros estelares (de até algumas dezenas de massas solares) e os supermassivos (com milhões ou bilhões de massas solares, no centro das galáxias).
A teoria mais aceita sugere que os IMBHs sejam o elo perdido na evolução dos buracos negros: seriam formados pela fusão de buracos negros menores e, ao longo de bilhões de anos, cresceriam até se tornarem supermassivos. Mas identificá-los é desafiador, uma vez que são pequenos demais para moldar galáxias e grandes demais para serem remanescentes diretos de uma única estrela, segundo os pesquisadores.
Futuro das observações
Apesar das evidências, os cientistas ainda aguardam dados adicionais para confirmar a natureza do HLX-1. Se a fonte de luz continuar a escurecer sem reaparecer, isso indicará que o clarão foi causado pela destruição da estrela, reforçando a hipótese de um verdadeiro buraco negro de massa intermediária.
Com novos instrumentos de observação, como o Telescópio Espacial James Webb e o Observatório Vera C. Rubin, os astrônomos esperam encontrar outros casos semelhantes.