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As propostas distintas de Trump e dos europeus para a reconstrução da Ucrânia

Os presidentes francês e norte-americano mantiveram o tom amigável apesar das visões distintas sobre o conflito entre Kiev e Moscou

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Macron e Trump discutem a guerra na Ucrânia | Patrícia Vasconcellos
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Washington DC - A chegada oficial do líder francês estava prevista para o meio dia, mas Emmanuel Macron veio à Casa Branca bem mais cedo. No começo da manhã desta segunda-feira (24), Estados Unidos, França, Canadá, Itália, Japão, Reino Unido e Japão se reuniram virtualmente. A missão do G7 foi fazer uma ponte entre Washington DC e Kiev para que Trump pudesse ponderar na proposta de paz com Moscou a visão dos europeus.

Trump afirma que os Estados Unidos deram à Ucrânia muito mais dinheiro que os europeus e que é chegada a hora dos norte-americanos terem parte deste valor de volta. Na semana passada, autoridades da Casa Branca circularam uma proposta que seria apresentada nesta segunda-feira sugerindo a criação de um fundo conjunto entre Ucrânia e Estados Unidos.

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O plano sugere que os ucranianos sejam responsáveis financeiramente por 50% do fundo até que as contribuições atinjam US$ 500 bilhões. Este é o valor, segundo a Casa Branca, que os Estados Unidos investiram na Ucrânia nos últimos três anos para a guerra contra a Rússia.

França

Macron chegou com outra proposta. O presidente francês defende que a Rússia pague pela reconstrução do país vizinho. "A Rússia é o agressor, então eles precisam se responsabilizar", disse.

Questionado durante a coletiva de imprensa por que a comunicação com Putin foi cortada, Macron respondeu: "Eu sempre achei que é bom ter uma discussão com outros líderes, principalmente quando você discorda. Eu parei minha discussão com o presidente Putin depois dos crimes de guerra cometidos em Bucha porque entendi que naquele momento não poderíamos avançar. Mas agora há uma chance, uma grande chance, porque temos uma nova administração nos Estados Unidos", disse Macron.

Fim da guerra

Donald Trump afirmou que o acordo para o fim da guerra está próximo. "Acho que esse acordo irá beneficiar muito a Rússia. De novo, esta guerra nunca deveria ter começado e não teria tido início se eu fosse o presidente (a época).

O presidente americano comentou que Putin aceitaria militares europeus na Ucrânia como "mantedores da paz" assim como os capacetes azuis da ONU. "Sim, ele aceitaria. Eu perguntei isso. Ele não busca uma guerra mundial", disse Trump.

Trump ainda afirmou que pretende visitar Moscou caso o acordo seja fechado. "Ele (Putin) também poderá vir aqui se isso acontecer." Emmanuel Macron e a delegação francesa deixaram a Casa Branca logo após a coletiva de imprensa.

O líder francês esteve hospedado na Blair House, edifício que fica no mesmo quarteirão da residência oficial e é destinado a autoridades que visitam o presidente americano.

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