Petróleo dispara em meio à escalada do conflito entre Venezuela e EUA
Investidores reagem à notícia de que autoridades americanas interceptaram navios-tanque envolvidos no transporte de petróleo venezuelano em águas internacionais


Exame.com
A escalada das tensões geopolíticas voltou a pressionar o mercado de petróleo e impulsionou os preços da commodity nesta segunda-feira, 22.
Em um ambiente marcado por maior aversão ao risco, investidores reagiram a novos episódios envolvendo os Estados Unidos e a Venezuela, além da persistência do conflito entre Rússia e Ucrânia, reacendendo temores sobre possíveis restrições à oferta global.
Os contratos futuros do petróleo registraram forte valorização. O Brent para fevereiro avançou 2,65%, a US$ 62,07 o barril, negociado na ICE, enquanto o WTI para o mesmo vencimento subiu 2,64%, a US$ 58,01 o barril, na Nymex.
O movimento reflete a preocupação do mercado após a notícia de que autoridades americanas interceptaram navios-tanque envolvidos no transporte de petróleo venezuelano em águas internacionais, próximo à costa do país sul-americano.
“O mercado está se dando conta de que o governo Trump está adotando uma postura intransigente em relação ao comércio de petróleo venezuelano”, disse June Goh, analista sênior do mercado de petróleo da Sparta Commodities, à CNBC.
O petróleo bruto venezuelano representa cerca de 1% da oferta global.
O aumento da aversão ao risco também se refletiu em outros ativos. Metais preciosos como ouro e prata renovaram máximas, tradicionalmente vistos como proteção em momentos de instabilidade, enquanto o petróleo consolidou ganhos consistentes ao longo da sessão.
No mercado brasileiro, ações do setor petrolífero acompanharam o movimento externo e figuraram entre as maiores altas do pregão. Petrobras (PETR3; PETR4), Prio (PRIO3) e Petrorecôncavo (RECV3) avançaram com a valorização do petróleo no mercado internacional, beneficiadas pela perspectiva de receitas mais robustas em um cenário de preços mais elevados da commodity.









