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Ameaça de greve geral na Argentina faz empresas aéreas alterarem voos

Paralisação convocada por centrais sindicais pressiona governo Milei por aumento a aposentados e rejeita acordo com o FMI

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Companhias aéreas alteraram voos com destino a cidades argentinas devido à paralisação convocada por centrais sindicais do país para esta quinta-feira (10). A greve conta com a adesão dos sindicatos que representam os trabalhadores da Intercargo, empresa que presta serviços nos aeroportos da Argentina.

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Os protestos são contra as políticas de ajuste fiscal do presidente Javier Milei. O governo argentino espera receber um crédito de US$ 20 bilhões (R$ 121 bilhões) do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Por isso, a Latam informou que precisou cancelar ou reprogramar voos com origem ou destino na Argentina. Os passageiros poderão remarcar a viagem ou pedir reembolso.

Segundo a empresa, nem todos os voos serão cancelados, mas podem sofrer alterações de horário ou data. A orientação é que os clientes acompanhem o status dos voos pelo site da companhia.

A Aerolíneas Argentinas cancelou seus voos. Para diminuir os problemas, a empresa vai permitir remarcações sem custo entre os dias 11 e 15 de abril ou de 22 a 30 de abril de 2025, desde que mantida a mesma classe. Quem desejar remarcar entre os dias 16 e 21 de abril, terá de pagar uma diferença de tarifa.

Já a low cost Flybondi vai transferir todas as operações desta quinta-feira para o aeroporto internacional de Ezeiza, em Buenos Aires.

Passageiros que não puderem viajar nas datas disponíveis ou preferirem deixar a viagem em aberto poderão remarcar pagando a diferença de tarifa.

A empresa informou que cancelou quatro voos com escalas em aeroportos atendidos pela Intercargo, mas destacou que possui serviço próprio de rampa em 80% das bases onde opera.

A greve

A paralisação integra a terceira greve geral convocada pela Confederação Geral do Trabalho (CGT) contra o governo de Milei, de acordo com o jornal argentino La Nacion.

O movimento começou com uma manifestação na Praça do Congresso, em Buenos Aires, exigindo aumento emergencial para aposentados.

A mobilização conta com apoio da Central Operária Argentina (CTA), partidos de esquerda e movimentos sociais, e reivindica ainda melhorias em pensões, bônus e orçamentos para saúde e educação.

Os sindicatos também rejeitam o acordo com o FMI, a privatização de empresas estatais e as demissões no setor público e privado.

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