Economia

Após recuo de Trump, dólar fecha em queda; bolsas recuperam perdas no Brasil e nos EUA

Investidores reagiram com alívio ao recuo temporário de Trump sobre tarifas a nações, exceto para a China. Dólar caiu para R$ 5,84

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Os mercados financeiros no Brasil e nos Estados Unidos registraram forte recuperação na tarde desta quarta-feira (9) após o presidente americano, Donald Trump, anunciar a suspensão por 90 dias das tarifas recíprocas que havia imposto há uma semana. A decisão ocorreu após a China ter anunciado, pela manhã, uma nova retaliação às importações americanas, o que havia intensificado a guerra comercial entre as duas potências.

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Diante das quedas consecutivas nos mercados de ações ao redor do mundo, Trump decidiu fazer um recuo estratégico, mantendo uma tarifa mínima de 10% para todos os países, com exceção da China. Para o Brasil, que já havia sido sobretaxado em 10%, a medida não altera o cenário atual, mas a reação do mercado financeiro foi imediatamente positiva.

No Brasil, o Ibovespa (principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo - B3) reverteu as perdas e fechou com alta de 3%, aos 128.163,93 pontos. O dólar comercial, que havia atingido R$ 6,06 pela manhã, encerrou o dia em queda de 2,54%, cotado a R$ 5,845.

O impacto do recuo de Trump foi expressivo nas bolsas americanas. Pouco depois das 14h3, logo após o anúncio, a Nasdaq (bolsa de tecnologia dos EUA) disparou 9%, enquanto o Dow Jones subiu 6,33% e o S&P 500 avançou 7,29%.

Além da pausa nas novas tarifas dos EUA para parceiros comerciais, Trump sinalizou, pouco antes das 17h (horário de Brasília), algum tipo de acordo com a China e com "todos" os demais países, segundo a agência de notícias AFP.

No fechamento dos mercados em Nova York, o índice S&P 500 registrou sua maior valorização desde 2008, avançando 9,51%, aos 5.456,80 pontos. O Dow Jones subiu 7,87%, fechando aos 40.608,45 pontos, enquanto o Nasdaq liderou os ganhos com alta de 12,16%, atingindo 17.124,97 pontos.

A reviravolta nos mercados reflete o alívio dos investidores com a possibilidade de uma redução nas tensões comerciais globais, mesmo que a disputa com a China permaneça acirrada.

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