Agência dos EUA vai rebaixar maconha a droga menos perigosa
Droga passaria da Classe I, com a heroína e o LSD, para o Anexo III, mesma classificação da Ketamina e alguns esteroides anabolizantes
A Administração Antidrogas dos Estados Unidos (DEA, na sigla em inglês) irá reclassificar a maconha como uma droga menos perigosa. A informação foi revelada pela Associated Press.
Segundo a agência de notícias, a proposta reconhecerá os usos médicos da cannabis e que ela tem menos potencial para abuso do que algumas das drogas mais perigosas do país. No entanto, não irá legalizar totalmente a maconha para uso recreativo.
A medida ainda terá de ser revista pelo Gabinete de Gestão e Orçamento da Casa Branca (OMB, na sigla em inglês), mas, caso se confirme, representa uma mudança histórica na política americana de drogas, que pode ter amplos efeitos em todo o país.
De acordo com as fontes da Associated Press, assim que a proposta foi aprovada pela Casa Branca, a Administração Antidroga fará comentários públicos sobre o plano para retirar a maconha de sua atual classificação como droga de Classe I, com a heroína e o LSD, para o Anexo III, junto com a Ketamina e alguns esteroides anabolizantes, seguindo uma recomendação do Departamento Federal de Saúde e Serviços Humanos (HHS, na sigla em inglês). Após o período de comentários públicos, a agência publicará a regra final.
Isso ocorre depois que o presidente Joe Biden pediu uma revisão da lei federal sobre a maconha em outubro de 2022 e decidiu perdoar milhares de americanos condenados federalmente por simples porte da droga. Ele também pediu aos governadores e líderes locais que tomem medidas semelhantes para anular as condenações por posse de maconha.
“Os antecedentes criminais por uso e porte de maconha impuseram barreiras desnecessárias ao emprego, à moradia e às oportunidades educacionais”, disse Biden em dezembro. “Muitas vidas foram destruídas por causa da nossa abordagem fracassada em relação à maconha. É hora de corrigirmos esses erros.”
O anúncio em ano eleitoral pode ajudar Biden, um democrata, a aumentar o apoio, especialmente entre os eleitores mais jovens.