Hamas alerta que não irá libertar reféns sem negociações com Israel
Grupo extremista afirmou que países deverão satisfazer exigências para novo acordo de troca
Camila Stucaluc
O grupo extremista Hamas fez um alerta, na noite de domingo (10.dez), dizendo que não irá libertar os reféns enquanto não houver novas negociações com Israel e resposta às exigências. Calcula-se que 137 reféns continuem sob a mira do Hamas, todos capturados durante o ataque no festival de música Universo Parallelo, em 7 de outubro.
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"Nem o inimigo fascista e a sua liderança arrogante, nem os seus apoiadores serão capazes de recuperar vivos os seus prisioneiros sem troca e negociação, e sem satisfazer as exigências da resistência", disse Abou Obeida, porta-voz das Brigadas Al-Qassam, o braço armado do movimento islâmico palestino, em vídeo divulgado nas redes sociais.
Em novembro, Israel e Hamas assinaram um acordo de trégua temporária para a troca de reféns por prisioneiros palestinos. O trato, inicialmente previsto para durar quatro dias, chegou a ser renovado duas vezes, mas acabou sendo suspenso por Israel após o país relatar que o Hamas havia quebrado o cessar-fogo temporário.
O período de troca permitiu a libertação de 105 reféns detidos na Faixa de Gaza, incluindo 80 reféns israelenses, bem como de 240 palestinos que estavam em prisões em Israel. Países como Catar, Egito e Estados Unidos seguem mediando o diálogo entre as partes para tentar acordar uma nova trégua temporária visando a troca de reféns.
Enquanto isso, o exército israelense segue avançando em Gaza. Os militares miram, sobretudo, escolas e unidades de saúde, onde alegam ter informações sobre túneis e salas de comando do Hamas. Até o momento, 17 mil pessoas foram mortas de ambos os lados da fronteira, sendo 16 mil em Gaza. O número de feridos, por sua vez, passa de 24 mil.
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A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), composta por 193 Estados-membros, deve votar, na 3ª feira (12.dez), um projeto de resolução pedindo um cessar-fogo humanitário imediato na guerra entre Israel e Hamas. A votação seguirá o veto dos Estados Unidos a uma resolução do Conselho de Segurança da ONU liderada pelos Emirados Árabes Unidos, que pedia um cessar-fogo em Gaza.