Israel revoga visto de coordenadora humanitária da ONU
País condenou Lynn Hastings por criticar ofensiva em Gaza e ser imparcial na guerra contra o Hamas
Camila Stucaluc
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, informou, na 3ª feira (5.dez), que revogou o visto da coordenadora humanitária da Organização das Nações Unidas (ONU), Lynn Hastings. A decisão, segundo o diplomata, foi tomada devido à parcialidade da coordenadora na guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas.
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"Alguém que não condenou o Hamas pelo brutal massacre de 1.200 israelitas, pelo rapto de bebês e idosos e pelos terríveis atos de abuso e violação, e por usar os residentes de Gaza como escudos humanos, mas condena Israel, um país democrático que protege os seus cidadãos, não pode servir na ONU e não pode entrar em Israel", disse Cohen.
Hastings trabalhava como coordenadora humanitária para os territórios palestinos ocupados e estava na Faixa de Gaza auxiliando a população em meio à guerra. O último pronunciamento dela foi feito na 2ª feira (4.dez), três dias após a retomada das hostilidades em Gaza. "Em Gaza não há lugar seguro e não há mais para onde ir", disse.
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Stephane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres, confirmou que Hasting teve o visto revogado por Israel na semana passada. "Só posso reiterar a total confiança do secretário-geral na Sra. Hastings, na forma como ela se comportou e na forma como realizou o seu trabalho", enfatizou Dujarric.