Mercado financeiro bate novo recorde no ano: 126 mil pontos
Eleição na Argentina não chegou a influenciar negócios a ponto de fazer preços; Petrobras volta ao radar e cai
O mercado financeiro nacional voltou ao otimismo nesta 2ª(20.nov) e fechou em alta de 1,02%. A pontuação renovou a máxima do ano até agora, acima dos 126 mil pontos no giro dos negócios ao longo do dia. No fechamento, a marca foi de 126.043 pontos.
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Em um dia "meio feriado" em respeito à Consciência Negra, o mercado funcionou com pouco impulso. Ainda mais por conta da semana mais curta, uma vez que na próxima 5ª(23.nov) será dia de Ação de Graças nos Estados Unidos, a comemoração nacional mais importante para os americanos.
Diante deste cenário boa parte dos negócios derivou das novas projeções apontadas no relatório Focus. As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central reduziram as estimativas para a inflação neste ano e para 2024: nas novas contas, o IPCA deste ano baixou de 4,59% para 4,55%. Para 2024 a inflação saiu de 3,92% para 3,91%. Para os dois anos seguintes a expectativa quanto aos preços permaneceu estável em relação à uma semana, em 3,50%.
Petrobras
Não foram poucas as conversas entre agentes de mercado a ressaltar as especulações sobre a Petrobras. O mercado financeiro considera desde já a possibilidade de troca - em prazo a se verificar - do comando na estatal do petróleo brasileiro. Tudo seria decorrência de movimentação do ministro da Casa Civil, Rui Costa, para apresentar um nome para análise do Presidente da República. O próprio Lula estaria dando sinais de insatisfação com a gestão de Jean Paul Prates à frente da empresa. O Ministro diz não ter sido ouvido sobre o assunto. E o Planalto não se pronunciou formalmente. Pelo sim pelo não, os papéis PETR3 (ON) caíram 1,00%; PETR4 oscilou entre altas e baixas ao redor do zero.
Argentina
E mesmo a eleição na Argentina, definida no último domingo, não chegou a impactar com intensidade o Ibovespa. O mais provável é que os efeitos - se existirem - se estabeleçam mais para o médio prazo e com maior influência sobre a macroeconomia, em função do cenário global.
" De um modo geral, com o Gringo (sic) tomando mais risco globalmente por conta de uma acomodação nos juros nos EUA, a melhora (até agora) de percepção de risco na Argentina, poderia trazer um pouco mais de conforto para os mercados na America Latina" - Pedro Serra, Chefe de Análise de Empresas da Ativa Investimentos
Como é feriado na Argentina nesta 2ª feira, o meio financeiro por lá deve olhar com lupa para a eleição de Milei a partir desta 3ª(21.nov). Já os papéis das empresas porteñas negociadas em Nova York via American Depositary Receipts (ADRs), tiveram desempenho importante. A petroleira YPF subiu nada menos do que 40% após Milei reafirmar que quer privatizar a estatal.
Os principais pregões em Wall Street fecharam em alta. Confira.
- Dow Jones: + 0,76%
- S&P 500: + 0,89%
- Nasdaq: + 1,22%
No câmbio o dólar baixou 1,10% para ser cotado para venda a R$ 4,85.
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