Milei diz que inflação será controlada em até 2 anos e confirma intenção de fechar BC
Medidas econômicas do novo presidente da Argentina também envolvem privatizações

Cristiane Ferreira
O novo presidente da Argentina, Javier Milei, concedeu sua primeira entrevista, nesta 2ªfeira (20.nov), à rádio Continental e falou sobre medidas econômicas que deve tomar no mandato. Ele confirmou a intenção de fechar o Banco Central do país e deu prazo para o controle da inflação.
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Segundo ele, a inflação deverá levar um tempo para ser contida, mesmo após medidas econômicas serem postas em prática.
"Se você cortar hoje a emissão monetária, demora entre 18 e 24 meses para levar [a inflação] aos níveis mais baixos internacionais", disse.
Milei ainda afirmou que não voltará atrás na decisão de fechar o Banco Central e dolarizar a economia argentina. Segundo ele, o melhor a se fazer é abandonar o peso, tornando a economia aberta, o que não seria possível caso a instituição fosse mantida.
"Fechar o Banco Central é uma obrigação moral. Dolarizar é para se tirar de cima do Banco Central. Propomos que a moeda seja a que os indivíduos escolham", justificou.
Ainda dentro desse tema, Milei também afirmou que já definiu quais são as primeiras empresas estatais que deverão ser privatizadas. Uma delas é a YPF, responsável por cuidar do mercado interno de combustíveis e que foi o pivô de uma forte crise no abastecimento do país, devido à política de controle de preços.
"Tudo o que puder estar nas mãos do setor privado, estará nas mãos do setor privado", afirmou.
Também serão alvo de privatização outras três empresas públicas, todas na área de comunicação: TV Pública, Rádio Nacional e a agência de notícias Télam.
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