Autoridades israelenses permitem entrada de combustível na Faixa de Gaza
Quantidade, no entanto, é limitada e será destinada apenas para o abastecimento de veículos de ajuda humanitária
Autoridades israelenses concordaram, nesta 4ª feira (15.nov), em permitir a entrada de carregamentos de combustível na Faixa de Gaza por meio da fronteira com o Egito. Esta é a primeira vez que o país permite o envio da substância desde o cerco imposto contra a região, em 7 de outubro, para minar os esforços do grupo extremista Hamas.
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O combustível é fundamental para garantir as operações nos hospitais de Gaza, uma vez que as unidades estão funcionando à base de geradores de energia. A escassez da substância fez com que quase todos os centros de saúde deixassem de funcionar na região, prejudicando o atendimento aos mais de 24 mil civis feridos devido à guerra.
"Caminhões das Nações Unidas que transportam ajuda humanitária da travessia de Rafah para o sul da Faixa de Gaza serão reabastecidos hoje na travessia. Isto surge na sequência de um pedido da administração norte-americana e está a ser feito em coordenação com as autoridades de segurança competentes", disse a Coordenação das Atividades Governamentais nos Territórios, órgão israelense responsável pelos assuntos palestinos.
Apesar do anúncio, o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha) afirmou que a quantidade de combustível permitida a entrar em Gaza é limitada e representa apenas uma fração das necessidades na região. A entidade disse ainda que a substância foi autorizada apenas para abastecer caminhões de ajuda humanitária.
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"A entrada de combustível para qualquer outro uso, incluindo o funcionamento de geradores em hospitais e em instalações de água e saneamento, continua proibida. Todos os hospitais, exceto um, na Cidade de Gaza e no norte de Gaza, estão fora de serviço desde ontem devido à falta de energia, itens médicos, oxigênio, comida e água -- e agravados por bombardeios e combates em suas proximidades", disse o Ocha.