Manifestantes ocupam Congresso dos EUA para exigir cessar-fogo em Gaza
Ativistas denunciaram apoio de Washington na morte de milhares de palestinos na região
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Milhares de manifestantes saíram às ruas dos Estados Unidos, na noite de 4ª feira (18.out), para exigir que os parlamentares pressionem o presidente Joe Biden para negociar com Israel um cessar-fogo na Faixa de Gaza. A manifestação, convocada pelo grupo Voz Judaica pela Paz, começou no National Mall e se estendeu até dentro do Congresso.
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Vestindo camisetas pretas com mensagens como "os judeus dizem: parem os ataques agora" e "não em nosso nome", os manifestantes levantaram grandes faixas com escritas "cessar-fogo" e "deixe Gaza viver". Apesar do protesto ter sido pacífico, vários ativistas foram detidos pela polícia, uma vez que protestos não são permitidos dentro do Congresso.
"Durante 75 anos, o governo israelita ocupou ilegalmente terras palestinas e procedeu à limpeza étnica das suas comunidades. Agora, Gaza enfrenta o genocídio com total apoio dos EUA e estamos aqui como judeus para recusar a cumplicidade e dizer nunca mais, para ninguém. Fechamos o Congresso para chamar a atenção para isso", disse a Voz Judaica pela Paz.
"Ceasefire now!"
? Rafael Shimunov (@rafaelshimunov) October 18, 2023
Led by @jvplive hundreds of American Jews take direct action in DC against US politicians complicity in Israel?s attacks on Palestinians in Gaza, pic.twitter.com/SYlj0wfar0
A iniciativa aconteceu em meio à intensificação da crise humanitária na Faixa de Gaza, principal alvo do exército israelense na guerra contra o grupo palestino Hamas. Além dos constantes ataques aéreos e o temor de uma ofensiva terrestre, Israel decidiu isolar a região de Gaza, cortando drasticamente o envio de água, energia, alimentos e remédios.
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A situação se agravou ainda mais após o bombardeio no hospital Al-Ahli, na tarde de 3ª feira (17.out), que deixou cerca de 500 mortos e centenas de feridos. Até o momento, o Ministério da Saúde da Palestina contabiliza mais de 3 mil mortos apenas em Gaza, além de mais de 10 mil feridos. De ambos os lados da fronteira, os óbitos já chegam a 4,2 mil.