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ONU: 11 palestinos mortos por hora e 1 milhão de deslocados em Gaza

Número de mortos em 11 dias de conflito entre Israel e Hamas passa de 4 mil. A maioria civis

ONU: 11 palestinos mortos por hora e 1 milhão de deslocados em Gaza
Criança palestina olha para a mãe ferida, deitada em uma maca, após bombardeios israelenses na Faixa de Gaza
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O último relatório divulgado pela Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA) alertou para o alto número de civis mortos nos bombardeios das forças israelenses contra a Faixa de Gaza. 

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Compartilhado na noite de 2ª feira (16.out), o relatório aponta que 267 palestinos morreram por dia desde o início do conflito, em 7 de outubro. Isso significa que 11 pessoas foram mortas por hora no enclave palestino. Desses, 1/3 são crianças. 

Ainda segundo as informações da agência, o número de feridos passa de 9,600. A maioria deles é tratada em hospitais no sul de Gaza, onde a maioria da população da região - cerca de 2,3 milhões de pessoas - está abrigada, após ser ordenada a deixar o norte de Gaza pelas Forças Armadas de Israel.

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Segundo a ONU, o número de deslocados internos passa de 1 milhão. Além disso, a ONU alerta para os níveis críticos das reservas de combustíveis dos hospitais de Gaza. Restam somente 24h de combustível disponível para manter os geradores das unidades hospitalares funcionando. 

O Ministério da Saúde palestino informou nesta 3ª feira (17.out) que o único hospital oncológico de Gaza, o Hospital da Amizade Turca, deve parar de funcionar nas próximas 48 horas devido à falta de energia, deixando os pacientes com câncer sem atendimento. 

O acesso à água potável é outra preocupação da ONU. No dia 9 de outubro, dois dias após o ataque terrorista do grupo Hamas, o governo de Israel declarou cerco total à Gaza, bloqueando a entrada de alimentos, água, combustível e insumos médicos no território.

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As preocupações com a desidratação e as doenças transmitidas pela água são elevadas, dado o colapso dos serviços de água e saneamento, incluindo o fechamento da última central de dessalinização de água do mar em funcionamento em Gaza, afirmou a UNRWA. 

Toneladas de ajuda humanitária, contendo água, alimentos e insumos médicos estão paradas na fronteira do Egito com Gaza, na passagem de Rafah, aguardando a criação de um corredor humanitário, o que até o momento não foi aceito por Israel. 

Leia o relatório completo:

  • Os pesados bombardeamentos das Forças israelenses continuam por ar, mar e terra. 
  • As Forças Aéreas Israelenses continuaram a atacar também Khan Younis e outras áreas do sul, apesar da diretriz para que as pessoas em Gaza se deslocassem para o sul.
  • A água continua a ser uma questão fundamental, pois as pessoas começarão a morrer sem água. 
  • As preocupações com a desidratação e as doenças transmitidas pela água são elevadas, dado o colapso dos serviços de água e saneamento, incluindo o encerramento hoje (16.out) da última central de dessalinização de água do mar em funcionamento em Gaza.
  • Uma linha de água foi aberta na 2ª feira durante três horas apenas no sul da Faixa de Gaza, alimentando com água limitada apenas metade da população de Khan Yunis (quase 100 mil pessoas). Isto não resolve as necessidades urgentes de água nas outras partes de Khan Yunis, noa Área Central e em Rafah. Apenas 14% da população da Faixa de Gaza se beneficiou deste fornecimento de água durante três horas.  
  • 600.000 litros de combustível são necessários em Gaza por dia para operar instalações de água e dessalinização. A UNRWA transferiu (em 16 de outubro) alguns dos seus atuais - mas muito limitados - fornecimentos de combustível que já tinha dentro de Gaza. 
  • As reservas de combustível em todos os hospitais em Gaza deverão durar apenas mais 24 horas. O encerramento dos geradores de reserva colocaria em sério risco a vida de milhares de pacientes. 
  • Em nove dias de conflito, segundo o Ministério da Saúde palestino, 2.670 palestinos foram mortos em Gaza (uma média de 267 por dia, ou 11 a cada hora) e 9.600 ficaram feridos. 
  • Em Israel, 1.300 pessoas foram mortas e pelo menos 4.121 ficaram feridas, segundo diferentes fontes. 
  • 14 funcionários da UNRWA foram infelizmente mortos desde 7 de outubro. Estes são relatos confirmados, mas o número provavelmente é maior. 
  • 24 relatos confirmados de instalações da UNRWA em toda a Faixa de Gaza afetadas como resultado de ataques aéreos e bombardeamentos. O número real provavelmente é maior.
  • Estima-se que 1 milhão de pessoas tenham sido deslocadas na Faixa de Gaza. Cerca de 600 mil na Área Central, Khan Yunis e Rafah, dos quais quase 400 mil estão em instalações da UNRWA.
  • A Base Logística da UNRWA Rafah acolhe atualmente cerca de 8.000 pessoas e os números continuam a aumentar. As tensões lá são muito altas. 
  • Apesar da ordem de evacuação de Israel, um número desconhecido de deslocados internos permanece nas escolas da UNRWA no norte. A UNRWA já não é capaz de ajudar ou proteger os deslocados nessas áreas e não tem informações sobre as suas necessidades e condições. 
  • A UNRWA administra oito clínicas de saúde primária nas áreas central e sul. 
  • É provável que a UNRWA fique sem medicamentos nas suas clínicas de saúde no próximo mês. Em algumas clínicas, é provável que os suprimentos acabem mais cedo, devido a dificuldades no transporte de suprimentos de um local para outro. 
  • Esforços intensivos de defesa de alto nível estão sendo feitos pela UNRWA e pela ONU para permitir a entrada de suprimentos humanitários críticos na Faixa de Gaza.  
  • Na Cisjordânia, continuam a existir restrições significativas de acesso e movimentos e o aumento da violência dos colonos israelenses contra palestinos. Segundo o OCHA (Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários), 58 palestinos foram mortos e 1.176 feridos desde 7 de outubro.

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+ Palácio de Versalhes, na França, é evacuado por suspeita de bomba

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