"Ponto de não retorno": Papa cobra ações de líderes para conter crise climática
Usando dados científicos, Francisco pediu que países façam transição de combustíveis fósseis para energia limpa
O Papa Francisco cobrou os líderes mundiais de ações para conter a crise climática. Em carta divulgada nesta 4ª feira (4.out), o pontífice afirmou que os países devem assumir as metas estabelecidas para desacelerar o aquecimento global antes que seja tarde e a Terra atinja um ponto de não retorno, ou seja, não podendo mais reverter os estragos causados.
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"Os sinais da mudança climática estão aí, cada vez mais evidentes. Isso a que assistimos é uma aceleração insólita do aquecimento, com fenômenos extremos, períodos frequentes de calor anormal, seca e outros gritos da Terra. Provavelmente, dentro de poucos anos, muitas populações terão de deslocar as suas casas por causa destes fenômeno", escreveu.
Francisco citou diretamente os Estados Unidos, alegando que as emissões de gases de efeito estufa per capita no país são duas vezes maiores do que a China e sete vezes maiores do que a média em países pobres. Tais emissões, procedentes da queima de combustíveis fósseis e indústrias, por exemplo, ajudam a acelerar o aquecimento global.
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Usando dados científicos, o pontífice fez um apelo para que os líderes mundiais façam a transição dos combustíveis fósseis para a energia limpa, com medidas eficientes, obrigatórias e prontamente monitoradas. "O que nos está a ser pedido nada mais é do que uma certa responsabilidade pelo legado que vamos deixar, quando passarmos deste mundo", frisou.