Autoridades alertam para risco de intoxicação após incêndios no Havaí
Poluentes encontrados no ar e na água podem levar meses para desaparecer
O prefeito do condado norte-americano de Maui, Richard Bissen, afirmou que a situação ainda não é segura para as famílias retornarem ao local. Isso porque, apesar dos incêndios florestais terem sido controlados, a fumaça liberada pelas chamas deixou um rastro de partículas tóxicas no ar, que podem levar até meses para desaparecer.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
"Ainda não é seguro. É uma área de risco e é por isso que os especialistas estão aqui", disse Bissen, referindo-se aos funcionários da Agência Federal de Gerenciamento de Emergências. "Não faremos favor a ninguém se deixarmos [os moradores] voltarem rapidamente apenas para que possam ficar doentes", acrescentou.
Segundo os especialistas, além do ar, os poluentes podem ser encontrados na água potável de Maui, afetando a saúde dos moradores. Em meio ao cenário, as autoridades alertaram às pessoas que permanecem no local para não beberem a água corrente, que pode ficar contaminada mesmo após a fervura.
+ Junta militar do Níger quer processar presidente Bazoum por "alta traição"
O incêndio florestal que atingiu Maui, no Havaí, já resultou na morte de 96 pessoas, tornando-se o mais mortal dos Estados Unidos em mais de um século. As equipes de resgates seguem no local para encontrar outras vítimas, uma vez que mais de mil pessoas estão desaparecidas. Ao todo, 2,2 mil construções foram danificadas ou destruídas pelo fogo, somando um prejuízo inicial de US$ 6 bilhões.