Resumo da semana: Desenrola, Lula na Europa e acordo de grãos na Ucrânia
Confira esses e outros fatos que repercutiram nos últimos dias no Brasil e no mundo
Camila Stucaluc
A semana começou com uma notícia positiva para os brasileiros: o lançamento do programa de renegociação de dívidas Desenrola. No governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou de novas reuniões bilaterais para tentar concluir o acordo Mercosul-União Europeia. Já no mundo, a Rússia suspendeu novamente o acordo que autorizava a exportação de grãos ucranianos pelo Mar Negro.
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Essas e outras notícias você confere no resumo da semana do SBT News. Veja:
Governo lança programa Desenrola para renegociação de dívidas
O governo federal lançou, na 2ª feira (17.jul), a primeira fase do Programa Desenrola Brasil, que possibilita a renegociação de dívidas. Segundo o Ministério da Fazenda, a iniciativa pode beneficiar até 70 milhões de brasileiros que estão com o nome negativado em serviços de crédito, como o Serasa ou Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).
Inicialmente, o programa irá contemplar pessoas físicas que têm dívidas bancárias de até R$ 100, que terão o "nome limpo" pelas agências bancárias. Isso não significa que os débitos serão perdoados, mas, sim, renegociados. Outro grupo beneficiado nesta fase é o da Faixa 2, que refere-se às pessoas físicas com renda igual ou inferior a R$ 20 mil.
Rússia suspende acordo de exportação de grãos pelo Mar Negro
Ainda na 2ª feira (17.jul), a Rússia suspendeu o acordo que permitia a exportação de grãos por meio no Mar Negro. A decisão foi anunciada pelo porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, que afirmou que o país só retomará o acordo quando tiver as exigências atendidas. Entre elas está a suspensão de sanções contra bancos russos impostas pelo Ocidente.
A decisão russa foi condenada pela comunidade internacional, que teme o aumento do preço dos alimentos, bem como o crescimento da insegurança alimentar no mundo. Isso porque a Ucrânia é um forte exportador de grãos, sobretudo para países da África. Além da suspensão do acordo, as forças russas intensificaram os ataques aos portos ucranianos.
Lula participa de cúpula Celac-UE e reforça negociações do Mercosul
O presidente Lula participou, na 3ª feira (20.jul), da Cúpula entre a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a União Europeia (UE), em Bruxelas, na Bélgica. Durante o evento, que durou dois dias, o petista fez mais de 10 reuniões bilaterais para reforçar as negociações envolvendo o acordo comercial Mercosul-UE.
Em paralelo à Cúpula, Lula ainda se reuniu com chefes de Estado para debater a crise política na Venezuela. No encontro, os políticos defenderam eleições justas e transparentes no país e prometeram a suspensão das sanções em caso de um pleito limpo. "As eleições devem permitir a participação de todos que desejem, de acordo com a lei e os tratados internacionais em vigor, com acompanhamento internacional.
PF consegue acesso a imagens de aeroporto em Roma e confirma agressão de filho de Moraes
A Polícia Federal na Itália informou, na 5ª feira (20.jul), que teve acesso às imagens que mostram o ataque contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o filho dele, no aeroporto de Roma, na semana passada. Segundo os agentes, as gravações mostram que há o registro do tapa denunciado pelo filho do magistrado.
No mesmo dia, a defesa de Roberto Mantovani Filho - um dos apontados como agressores - admitiu que o cliente pode ter acertado um tapa no filho de Moraes. Os advogados também enviaram um outro vídeo à Polícia Federal, no qual Alex Zanatta, genro de Roberto, é chamado de bandido pelo ministro. Os suspeitos são investigados por possíveis crimes de injúria e agressão.
Governo publica decreto que revoga programa de escolas cívico-militares
O governo federal publicou, na 6ª feira (21.jul), o decreto que revoga o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares. Agora, o Ministério da Educação terá até 30 dias para elaborar um plano de transição para o encerramento das atividades do programa. Para isso, a pasta deve contar com a participação de governadores e prefeitos.
As escolas cívico-militares foram criadas em 2019 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O formato de ensino estabelecia uma parceria entre o Ministério da Educação e o Ministério da Defesa, determinando que os educadores ficassem responsáveis pela área pedagógica e os militares pela gestão administrativa. O objetivo era diminuir a evasão escolar e inibir casos de violência. Ao todo, 202 colégios serão impactados pela medida.
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