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Brasil condena bombardeios russos em depósitos de alimentos na Ucrânia

Na ONU, representante brasileiro afirmou que os ataques são inaceitáveis

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O Brasil condenou, na Assembleia das Nações Unidas, os bombardeios russos que destruíram depósitos de alimentos na Ucrânia, logo após o fim do acordo que permitia a exportação de grãos.

"Ataques contínuos contra a infraestrutura são inaceitáveis sobre leis humanitárias internacionais e privam a população do acesso à saúde, educação e têm impactos ambientais", disse o embaixador Sérgio Danese, representante permanente do Brasil na ONU.

O Brasil também reiterou o apoio à soberania e à integridade territorial da Ucrânia e renovou o chamado por uma negociação de paz duradoura alinhada com os princípios da carta da ONU.

Em Washington, a diplomacia americana afirma que os russos usam alimentos como armas de guerra. Segundo o departamento de estado, 65% dos navios ucranianos que zarparam nos últimos meses tiveram como destino países com população vulnerável no Oriente Médio e na África.

O ministro da Defesa russo confirmou os ataques e disse que foi uma retaliação pelo bombardeio ucraniano em uma ponte próxima à península da Crimeia.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy disse que atacar a cidade portuária de Odessa e os grãos estocados é uma ameaça para a cadeia global de suprimentos. No ano passado, a ONU interveio e conseguiu liberar os navios ucranianos parados nos portos por conta da guerra, mas na última 2ª feira este acordo foi cancelado pela Rússia.

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