Grupo Wagner: Moscou suspende operações antiterroristas após fim de rebelião
Situação na cidade é estável e moradores já podem voltar a circular pelas estradas
Camila Stucaluc
O prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, anunciou, nesta 2ª feira (26.jun), que suspendeu as operações antiterrorista impostas na capital russa para conter a rebelião do grupo paramilitar Wagner. Em comunicado, o político agradeceu aos moradores pela "calma e compreensão", afirmando que a situação na cidade é classificada como "estável".
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Com a suspensão das operações, os moradores já podem voltar a circular pela cidade ou viajar. Durante a rebelião, as forças de segurança precisaram fechar algumas estradas para minimizar riscos de confronto, uma vez que o grupo de mercenários estava se aproximando de Moscou, prometendo "o derramamento de sangue de soldados russos".
O impasse entre o grupo Wager e o Kremlin começou na 6ª feira (25.jun), quando os mercenários tomaram o controle das instalações militares de Rostov, no sul da Rússia. Segundo o então líder, Yevgeny Prigozhin, a ação foi em resposta ao ataque de forças russas contra um dos acampamentos do grupo, que resultou na morte de vários integrantes.
A rebelião durou cerca de 24h, sendo encerrada após um acordo entre Prigozhin e o presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko - parceiro do presidente russo, Vladimir Putin. O líder dos mercenários explicou que o Kremlin aceitou retirar o processo criminal que havia sido aberto contra ele, além de descartar possíveis punições aos combatentes envolvidos na rebelião.
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A última ordem de Prigozhin ao grupo Wagner, antes de se mudar para a Bielorrússia, foi para que os integrantes retornassem aos acampamentos. Não ficou claro, no entanto, se o grupo paramilitar, que auxilia Moscou na invasão na Ucrânia, será incorporado ao Ministério da Defesa ou se continuará atuando de forma privada, mas em parceria com o governo.