Seita no Quênia: autoridades encontram mais de 300 corpos enterrados em valas
Adeptos da Good News International Church foram incentivados a morrer por jejum para "conhecer Jesus"
Camila Stucaluc
Subiu para 303 o número de corpos encontrados por policiais em valas comuns em uma floresta no leste do Quênia. A suspeita é que os óbitos tenham sido causados por uma seita religiosa, promovida pela Good News International Church, que vinha pregando e incentivando a morte por jejum no objetivo de "ir para o céu e conhecer Jesus".
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Assim como concluiu a autópsia realizada em maio, grande parte das mortes foram causadas por fome, enquanto outras apresentaram sinais de asfixia. Segundo o Ministério do Interior, apesar do número de corpos encontrados ser alto, o balanço é provisório, uma vez que as buscas no local, nomeado Shakahola, continuam em andamento.
Em meio ao cenário, o presidente William Ruto criou uma Comissão de Inquérito para investigar as mortes, bem como uma força-tarefa para revisar os regulamentos que regem os órgãos religiosos no país. O ministro do Interior, Kithure Kindiki, por sua vez, disse que transformará a floresta Shakahola em um "lugar de lembrança".
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O líder da Igreja responsável pela seita, Paul Makenzie Nthenge, está sob custódia policial desde o dia 14 de abril e, de acordo com as autoridades, pode ser acusado de terrorismo. O pastor já havia sido alvo da Justiça anteriormente por casos de extremismo.