Jogadores de futebol brasileiros conseguem escapar do Sudão
País vive conflito armado que já matou mais de 400 pessoas
Liane Borges
Governos de várias nações estão fazendo operações para retirar seus cidadãos do Sudão. Há 10 dias, o Exército e um grupo militar travam um conflito que já matou mais de 400 pessoas. Nesta 2ª feira (24.abr), os jogadores de futebol brasileiros que atuavam no país conseguiram escapar para o Egito.
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O grupo enfrentou uma jornada difícil. "Tá um caos! Tá um caos isso aqui! Estamos há duas horas e meia parados. Provavelmente, iremos ficar muito mais horas aqui", reclamou o jogador Paulo Sérgio.
Ele e outros oito atletas brasileiros chegaram ao Sudão há pouco mais de uma semana, para jogar no time Al-Merreikh. Um dia depois, tiveram início os conflitos armados entre o Exército e um grupo paramilitar, que já haviam atuado juntos para dar um golpe de estado e que, agora, disputam o controle do país. Os dois lados chegaram a anunciar mais uma trégua para a retirada de civis, mas o acordo foi novamente violado.
Ao todo, 14 brasileiros estão deixando o país em um ônibus fretado pelo clube de futebol. Segundo eles, uma funcionária da embaixada brasileira está entre os passageiros.
Estados Unidos, China e União Europeia fecharam as representações diplomáticas e, agora, realizam o trabalho de retirada de seus cidadãos do Sudão. Pelo menos mil pessoas já deixaram o país africano. A previsão é que os brasileiros cheguem ao Cairo, capital do Egito, nesta 3 feira, após dois dias de viagem.
O grupo ainda não sabe como retornará ao Brasil. Em nota, o Itamaraty diz que continua empreendendo esforços para a retirada de cidadãos do território sudanês e que priorizou o resgate daqueles que estavam na capital, Cartum.
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