Pontos turísticos ficaram fechados no 10° dia de paralisações na França
Torre Eiffel, Museu do Louvre e Arco do Triunfo foram fechados por conta das manifestações
João Venturi
Milhares de franceses voltaram às ruas no 10º dia de paralisações em protesto contra a reforma da previdência no país. Nesta 3ª feira (28.mar), os principais pontos turísticos de Paris, como a Torre Eiffel, o Museu do Louvre e o Arco do Triunfo ficaram fechados por causa das manifestações. O Palácio de Versalhes também aderiu à paralisação.
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Desta vez, as vozes do protesto eram dos mais jovens. Cerca de 400 mil estudantes se juntaram ao movimento contra a reforma da previdência -- que, entre outras medidas, eleva a idade mínima de aposentadoria dos 62 aos 64 anos.
Pela manhã, eles bloquearam os acessos às escolas e também se posicionaram contra a forte repressão policial. O governo mobilizou 13 mil agentes de segurança. Houve novos confrontos e prisões.
Com o fechamento de duas refinarias, muitas cidades francesas já registram falta de combustíveis. Dois aeroportos do sul e um do oeste do país, tiveram tráfego interrompido.
A greve afetou serviços em cerca de 200 municípios. Segundo o governo, 740 mil pessoas saíram às ruas em todo o país. De acordo com os organizadores, foram 2 milhões, número menor do que o registrado no último dia de paralisação.
A boa notícia nisso tudo é que o sindicato que lidera as manifestações anunciou que a greve dos catadores de lixo e coletores de esgoto estará suspensa a partir desta 4ª feira em Paris. Sendo assim, os serviços de saneamento e de recolhimento podem voltar a funcionar, mas, na prática, não há acordo com a categoria, nem previsão de quando o trabalho de limpeza será normalizado.
Segundo a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, são 7 mil toneladas de resíduos espalhados pelas ruas.
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