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Zona de conflito: jornalistas brasileiros entram em túnel do Hezbollah

Construção de 1 km de extensão foi descoberta em 2019, em Israel, e desativada pela inteligência militar israelense

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Porta leva a local escavado pelo grupo xiita de origem libanesa Hezbollah
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Zar'it, Israel: Uma portinha azul royal no meio da rocha. Essa é a passagem para conhecer a escavação engenhosa liderada pelo grupo xiita de origem libanesa Hezbollah. A paciência para retirar pedra por pedra causa uma reflexão imediata quando se adentra o túnel Shtula, no norte de Israel, bem perto da fronteira libanesa.

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Foram cerca de seis anos de escavação que resultaram em uma profundidade de 70 metros e uma extensão de 1 km. Uma escadaria marrom e úmida é parte do caminho que conecta os dois países, Líbano e Israel. O corredor é estreito - passa uma pessoa por vez, e a altura do chão ao teto soma uns 2 metros. Apesar dessas condições, não é tão difícil respirar lá dentro porque o local é equipado com sistema de ventilação. 

Porta azul dá acesso ao local escavado pelo Hezbollah | Foto/Mariana Alonso

A descida de 45 metros realizada pelo SBT News, em conjunto com uma delegação de jornalistas brasileiros, foi guiada pelo general da reserva do comando do norte israelense, Alon Friedman. Ele conta que a escavação se iniciou em uma casa particular, próxima à aldeia libanesa de Ramiya. O exército de Israel fez várias perfurações até descobrir exatamente onde estava o túnel.

"Acredita-se que entre 20 e 50 homens do Hezbollah trabalharam nas escavações. Nós levamos poucos meses para abrir tudo e bloqueamos a passagem dos túneis com cimento", explica Friedman.  

General da reserva do comando do norte israelense, Alon Friedman | Foto/Mariana Alonso

Esse foi apenas um dos seis túneis identificados na região pelas Forças de Defesa de Israel (IDF). 

Ao longo do subsolo, há iluminação e até um telefone. Ao descer um pouco mais os degraus, é possível ver os trilhos usados pelos militantes para transferir materiais de trabalho. "Eles usavam eletricidade para escavar a parede de pedra e depois tiraram, manualmente, cada pedra", esclarece Friedman. Tudo ficou lá, como uma espécie de museu para lembrar a fragilidade que é estar na fronteira norte.

Exército Israelense fez várias perfurações até descobrir exatamente onde estava o túnel | Foto/Mariana Alonso

Do lado de fora do túnel, no emaranhado de vegetação que encobre a montanha do lado libanês, está um soldado à paisana com uma máquina fotográfica em mãos. Ele olha em nossa direção e nos fotografa por alguns minutos. A sensação de que a qualquer momento pode ocorrer um ataque não é mera força de expressão. Friedman alerta que, nada menos que 200 mil mísseis e foguetes do Hezbollah estão apontados para Israel, que, por sua vez, recorre a armamentos táticos de precisão.

Enquanto isso, civis de ambos os países tentam tocar a vida em vilarejos que margeiam a zona de conflito. A rotina segue, porém, a mente permanece atenta ao risco.

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