Polícia da Polônia descarta que jovem alemã seja Madeleine McCann
Julia Faustyna vem publicando vídeos e montagens alegando semelhanças com britânica desaparecida
Autoridades da Polônia descartaram a possibilidade da alemã Julia Faustyna, de 21 anos, ser a britânica Madeleine McCann, que desapareceu há quase 16 anos em Portugal. Segundo o porta-voz da Polícia de Wrocaw, Pawel Noga, as investigações já possuem evidências suficientes para negar a versão da jovem.
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"As ações realizadas pelos policiais até o momento contradizem a versão apresentada pela jovem. As atividades ainda estão em andamento, mas já é possível descartar que essa versão seja verdadeira", disse Noga ao portal polonês Gazeta.
Julia virou notícia após declarar que acredita ser Madeleine. A jovem publicou vídeos e montagens para tentar comprovar as semelhanças dos traços físicos com a desaparecida. Ela alega que não se lembra da infância e que a diferença de idade - uma vez que Madeleine teria 19 anos - pode ser explicada por adulteração de documentos.
Apesar de pedir um teste de DNA aos pais da britânica desaparecida, a família da jovem, que vive na Polônia, afirmou que as declarações são falsas. "É óbvio para nós como família que Julia é nossa filha, neta, irmã, sobrinha, prima e enteada. Temos memórias, temos fotos. A Internet não esquece, e é óbvio que Julia não é Maddie", disseram os pais.
O casal informou ainda que a jovem sofre de problemas mentais e que já fez uso de medicamentos, mas agora, como saiu de casa, recusa-se ao tratamento. "Sempre tentamos entender todas as situações que aconteciam com a Julia. Inúmeras terapias, remédios, psicólogos e psiquiatras. Julia tinha tudo garantido. Ela não foi deixada sozinha."
Além das evidências da investigação, Noga afirmou que a família apresentou a certidão de nascimento de Julia, confirmando que a jovem não é britânica.
Relembre o caso
Madeleine McCann desapareceu em maio de 2007, aos três anos, durante uma viagem com os pais e os irmãos a Portugal. O principal suspeito do crime é um alemão, identificado como Christian Brückner, que possui diversas passagens por estupro de menores e que vivia, na época, nos arredores de onde a criança foi raptada. Ele está preso e aguarda julgamento.