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COP27: "Pacto solidário ou suicídio coletivo", pergunta Guterres, da ONU

Secretário-geral das Nações Unidas discursa no segundo dia de evento com mais um puxão de orelha mundial

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Nos próximos dias a Terra chegará a oito bilhões de habitantes. Quanto mais gente, mais difícil conter avanços insustentáveis, o que só piora a expectativa sobre o aquecimento global: "Como vamos responder quando o bebê de número 8 bilhão tiver idade suficiente para perguntar o que fizemos pelo nosso Planeta quando tivemos a chance?", perguntou Antônio Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas

Assim ele iniciou o discurso desta 2ª feira (7.nov) , segundo dia da Conferência das Partes (COP27), que acontece no Egito, no balneário de Sharm El-Sheikh. Continuou dizendo que "nós estamos perdendo a disputa", porque não conseguimos diminuir as emissões de gases de efeito estufa para limitar o aquecimento global a 1,5 °C, em comparação com o período pré-industrial, até 2030.

Para tal, Guterres deu um puxão de orelha mundial. Primeiro citou as potências: "As duas maiores economias ? Estados Unidos e China ? têm a responsabilidade particular de unir esforços para tornar este pacto uma realidade". Depois, lamentou a guerra instalada pela Rússia na Ucrânia: "A guerra expôs os riscos profundos do nosso vício em combustíveis fósseis", disse. Também pediu que "as crises urgentes de hoje não sejam usadas como desculpa para retrocessos". Por fim, sobrou para os mais pobres: "As economias emergentes também são fundamentais para dobrar a curva de emissões globais".

Guterres clamou para que todos se envolvam na mitigação dos gases de efeito estufa, que façam esforço extra para reduzir a dependência por combustíveis fósseis. Pediu às instituições financeiras que apoiem as economias emergentes a acelerar a transição energética. Para ele, é preciso um "pacto de solidariedade climática". Do contrário, faremos um "suicídio coletivo".

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