Avião faz pouso de emergência na Colômbia com combustível quase no fim
Por causa do mau tempo, após duas tentativas, piloto pousou com combustível para voar só mais 6 minutos
Um avião da companhia aérea colombiana Viva Air fez um pouso de emergência com apenas seis minutos de combustível remanescente nos tanques, em Montería, na Colômbia. O episódio foi registrado na última 2ª feira (17.out) e só foi revelado nesta 5ª feira (20.out) após um passageiro fotografar o painel do avião.
A aeronave, um Airbus A320Neo, teria que ter ao menos 30 minutos de combustível ao pousar -- é a chamada "reserva final". A exigência, similar à adotada no Brasil, está no regulamento colombiano de aviação civil.
A Aerocivil, autoridade de aviação civil do país, vai investigar o caso, segundo o jornal El Tiempo. Em nota, a Viva Air disse que cumpre o regulamento colombiano de aviação e que colabora com a investigação do caso.
Rota
O voo 8332 decolou de Cali às 10h45 (12h45 em Brasília) com destino a Riohacha, ambas cidades colombianas.
Diante do mau tempo, o avião ficou voando em círculos perto do aeroporto à espera da melhora no clima. Com a demora, o piloto da aeronave resolveu seguir para Rio Negro, perto de Medellín, o mesmo aeroporto onde o avião da Chapecoense pretendia pousar em 2016.
A aterrissagem em Rio Negro também falhou por causa do tempo, e quando a aeronave ficou com menos combustível do que o necessário para 30 minutos de voo, o piloto declarou emergência, o que lhe dá prioridade para pouso, e seguiu para Montería. O voo aterrissou 3 horas e 20 minutos depois de decolar de Cali.
Chapecoense
Um caso conhecido de infração à norma de aviação civil relacionada ao combustível, foi a queda do avião com a delegação da Chapecoense, também na Colômbia. O acidente foi no dia 28 de novembro de 2016.
Na ocasião, o piloto não relatou ao controle de tráfego aéreo que voava com combustível abaixo do mínimo exigido. Sem combustível, o avião caiu perto do aeroporto de Medellín. Ao todo, 71 pessoas morreram.
