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Blonde: Estreia um dos filmes mais aguardados e polêmicos do ano

Inspirado na biografia fictícia da lendária Marilyn Monroe, o longa é estrelado por Ana de Armas

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Blonde: Marilyn Monroe
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O maior ícone, símbolo sexual e sinônimo de Hollywood, é também o que mais traz polêmica, teorias da conspiração e boatos, mesmo 60 anos após a sua morte. Seria a mulher mais desejada de várias gerações também a mais infeliz? "Blonde", novo filme da Netflix, que estreia na plataforma de streaming nesta quarta (28.set), traz 166 minutos de drama, abusos e traumas. O longa é indicado para maiores de 17 anos e é, em muitos momentos, perturbador e desconfortável de assistir.

Há um mundo de fascinação ao redor da história da estrela que morreu aos 36 anos de idade, em 4 de agosto de 1962. Livros, filmes e documentários tentam desvendar há seis décadas camadas da vida de Norma Jeane Mortenson, conhecida mundialmente como Marilyn Monroe. Geralmente, os lançamentos chegam com tom de mistérios desvendados em documentos inéditos, como foi o caso do documentário lançado, também pela Netflix, em abril deste ano, que reuniu no título as mesmas palavras-chave: "O Mistério de Marilyn Monroe: Gravações Inéditas". O filme tem a proposta de explicar os últimos momentos de vida da maior diva de todos os tempos do cinema, através de gravações feitas pelo jornalista investigativo Anthony Summers, autor do livro "Goddess", publicado nos anos 1980, o qual inspirou o documentário.

| Divulgação / Netflix

Mas agora chega "Blonde". Ana de Armas encarna -- maravilhosamente --  Marilyn em um retrato da trajetória melancólica da estrela. Da infância difícil em um orfanato após a mãe ser internada com problemas psiquiátricos até o estrelato e a morte. Mas, principalmente: abusos --  psicológicos e sexuais -- em uma Hollywood tóxica, onde é explorada e assediada de diversas formas pelos homens que dominam a indústria do entretenimento.

"Me apaixonei pelo projeto, pela personagem, pela história. Achei que estávamos fazendo algo revolucionário e importante. E como o ator Adrien Brody disse outro dia, esperamos adicionar algo de bom ao legado dela e fazer com que as pessoas entendam um pouco mais a mulher por trás dessa personagem, tenha mais empatia por ela, a entendam melhor, a amem mais", disse a atriz Ana de Armas, na pré-estreia em Hollywood.

Detalhes não são poupados, daí o desconforto de quase três horas. Não espere apenas lindas imagens, mas uma sequência que parece interminável de traumas, tragédias, agressões, decepções, estupros e abortos.

 | Divulgação / Netflix

Baseado no best-seller de Joyce Carol Oates, "Blonde" mistura realidade e ficção para abordar a imagem pública, a vida particular e até os pensamentos da atriz colocada como mentalmente instável.

"Acho que é muito revelador, se os elementos da vida dela são ficcionalizados ou não, é tão magistralmente feito. Eu acho que você não pode negar o quão atraente essa jornada é e como é imersiva. A beleza deste filme é que ele é contado nessa perspectiva em primeira pessoa e você realmente entra na experiência dela", contou o ator Adrien Brody, que faz o papel do dramaturgo Arthur Miller, um dos ex-maridos de Monroe.

Já o diretor Andrew Dominik disse que não sabe se as pessoas vão querer escolher no seu streamer algo um tanto pesado para o momento de lazer, mas está confiante de que, uma vez que você aperte o play, não vai conseguir desligar.

"Eu realmente não sei sobre o espectador médio. Sabe o que quero dizer? Eu sei o que eu gosto de ver, e isso funciona bem para mim, então eu não tenho certeza. Quero dizer, eles podem assistir ou simplesmente deslizar para a direita e assistir "The Great British Baking Show" ou "Love Island" ou algo assim. Mas, acho que "Blonde" é muito difícil de desligar quando você o começa a assistir", falou o cineasta.

Nos Estados Unidos o filme estreou também nos cinemas para se qualificar para concorrer ao Oscar.

É uma história de terror perturbadora sobre os contrassensos da vida dessa estrela, uma trama que nunca vai ser desvendada completamente -- mas que eternamente vai ser explorada. Um ícone que nem pôde descansar em paz.

Os restos mortais de Marilyn estão no Pierce Brothers Westwood Village Memorial Cemetery, um pequeno cemitério, em Los Angeles, sem lápides monumentais, é apenas uma gaveta. O espaço ao lado foi comprado, na década de 1990, pelo magnata Hugh Hefner, dono da Playboy, que pagou na época cerca de 75 mil dólares já que queria "passar a eternidade ao lado de Marilyn" e é onde ele está desde 2017.

A eternidade inflacionou, e agora os espaços ainda vazios perto da estrela custam certa de 2 milhões de dólares, mais de 10 milhões de reais. Alguém?

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