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Onda de protestos no Irã já deixa mais de 50 mortos e milhares de detidos

População cobra esclarecimentos sobre morte de Mahsa Amini e pede fim do uso obrigatório do hijab

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Novos protestos foram registrados na noite de domingo (25.set) | Reprodução/Twitter Maryam_Rajavi
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A nova onda de protestos no Irã já deixou mais de 50 mortos e milhares de detidos. Segundo o grupo Iran Human Rights, a maioria dos óbitos ocorreu nas províncias de Mazandaran e Guilan, onde 739 manifestantes também foram presos, incluindo 60 mulheres. A situação é semelhante no Teerã, onde carros e delegacias foram incendiados.

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Os protestos acontecem há mais de uma semana e estão ficando cada vez mais violentos. Os manifestantes exigem esclarecimentos sobre Mahsa Amini, que morreu sob custódia policial após ter sido detida por usar o hijab - véu obrigatório no país - incorretamente, deixando partes do cabelo à mostra. 

Apesar da polícia afirmar que o óbito foi causado por um "ataque cardíaco repentino", a família da jovem, assim como boa parte da população, acredita que ela foi torturada. As denúncias, tanto por iranianos como por líderes da comunidade internacional, fizeram com que o presidente Ebrahim Raisi instaurasse uma investigação para apurar o caso.

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Agora, além de Mahsa Amini, a população pede que o uso obrigatório do hijab seja suspenso no país, bem como a discriminação e violência contra as mulheres. Como protesto, algumas mulheres cortaram o cabelo e queimaram os véus em uma fogueira em via pública. 

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