Elenco fala sobre "Andor", nova série do universo Star Wars

Toda história tem seus arredores e, "Star Wars", há 45 anos, explora tudo que gira em torno da galáxia muito, muito distante, sem ser linear. Em 2016, o universo foi expandido com o filme "Rogue One - Uma História Star Wars", no qual mostrou os esforços dos rebeldes para roubar os planos da Estrela da Morte, em eventos paralelos ao da grande saga. Agora, a série "Andor", derivada desta trama, vem para voltar no tempo e para contar o que aconteceu antes do enredo do longa. A estreia dos três primeiros episódios acontece nesta quarta-feira (21.set), no Disney +. São 12 episódios nesta primeira temporada, que serão lançados semanalmente e a segunda temporada, com mais uma dúzia de capítulos, já está garantida.

"Essa história se passa cinco anos antes de "Rogue One". O Cassian que a gente encontra é bem diferente daquele que vemos no início de "Rogue One". Ele tem uma grande jornada a seguir e é o que a gente vê nesses primeiros episódios, o quão longe ele vai para se tornar alguém que vai dar sua vida, eventualmente, pela rebelião", contou o diretor Toby Haynes ao SBT News, no dia da premiere em Hollywood.

Como nasce um rebelde

Toda a perspectiva da trama gira em torno do personagem do ator mexicano Diego Luna e o foco é justamente na formação de Cassian Andor como líder rebelde. Como começa uma rebelião e como os instintos se afloram para isso foram os caminhos explorados pelo criador da série Tony Gilroy

"Eu acho que a ideia de pessoas comuns serem jogadas diante de gigantes eventos que não estão sob o nosso controle é sempre interessante. Eu passei muito tempo da minha vida lendo e estudando sobre revolução e essa foi a primeira vez que eu pude fazer uma história sobre revolução. É uma história realmente grande, importante, e em Star Wars a gente pode fazer algo que não esteja amarrado ao nosso mundo real", diz Gilroy, que foi quem criou também a franquia "Bourne".

Além de Cassian, revemos outras personagens conhecidas e nos são apresentadas algumas pela primeira vez.

"Para mim foi maravilhoso estar de volta e realmente explorar Mom Mothma, não apenas como a senadora, que a gente conhece, mas como uma mulher. Eu acho brilhante como Tony (criador e roteirista) resolveu começar essa série. Em "Star Wars", geralmente, a gente tem o império contra os rebeldes, mas nessa série não há rebeldes. Cada personagem vai ter que encontrar o rebelde dentro de si, antes de encontrar os outros", revelou a atriz Genevieve O'Reilly. 

"Eu interpreto a mãe de Cassian, a matriarca Andor, e ela está morrendo quando a gente a conhece, está muito idosa. Não sei nem porque fui contratada (risos). Na verdade, interpreto alguém muito mais velha que eu, mas também a gente a vê mais nova do que eu sou. Foi fantástico interpretar duas fases, em algo que é sobre futuro e passado", disse Fiona Shaw.

Como nasce uma revolução

A série tem um tom político, como diria Yoda: "Muitas das verdades que temos dependem de nosso ponto de vista", qualquer que seja o universo. É sobre pessoas, sobre a resistência popular ao Império, sobre poder. Fala de moral, da falta dela, sentimentos ambíguos de uma guerra. Espere elementos essenciais que ajudem a expandir e solidificar o universo nos apresentado por George Lucas. Tudo parece gigante, mas com uma profundidade que vai direto ao ponto, tudo para que você "sinta a Força".

""Rogue One" fez exatamente a mesma coisa no universo dos filmes. Era separado dos outros, diferente, mais escuro, ousado, arriscado. E, "Andor" vem igual, essa é a ideia, ser inigualável na série Star Wars", disse o protagonista Diego Luna, o Cassian Andor.