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Política

Lula rebate relatório dos EUA sobre direitos humanos: "Tem que olhar o que acontece no país que está acusando"

Presidente também afirma que Estados Unidos buscam motivos para "demonizar" nações com as quais se indispõem

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Motta, Alckmin, Lula e Alcolumbre em evento do governo que anunciou MP com socorro a setores afetados por tarifaço | Divulgação/Cadu Gomes/VPR
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O presidente Lula (PT) respondeu, nesta quarta-feira (13), ao relatório divulgado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos que apontou uma "piora" na situação dos direitos humanos no Brasil.

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"Falar em direitos humanos no Brasil já foi importante, mas agora para falar em direitos humanos no Brasil tem que olhar o que acontece no país que está acusando o Brasil", disse o mandatário, durante evento em Brasília. Cerimônia no Planalto marcou assinatura da medida provisória (MP) que coloca em vigor plano de socorro a setores e empresas afetados pelo tarifaço de 50% imposto pelos EUA a exportações nacionais.

Lula ainda afirmou que "o que estamos [Brasil] fazendo é julgando alguém com total direito de presunção de inocência", sem citar nominalmente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), prestes a ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. "Coisa [presunção] que eu não tive quando fui julgado."

Assinatura de MP com plano de socorro a setores afetados por tarifaço de Trump | Hariane Bittencourt/SBT
Assinatura de MP com plano de socorro a setores afetados por tarifaço de Trump | Hariane Bittencourt/SBT

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Ele reafirmou que o país tem "Poder Judiciário autônomo" e reforçou que o governo e o Congresso Nacional "não tem nenhuma ingerência sobre julgamentos que acontecem na Suprema Corte".

Para Lula, os EUA buscam motivos para "demonizar" as nações com as quais se indispõem. "Nossos amigos americanos toda vez que resolvem brigar com alguém tentam criar imagem de demônio contra as pessoas com quem eles querem brigar", pontuou Lula.

O chefe do Executivo voltou a dizer que as tarifas aplicadas pela Casa Branca não têm fundo comercial. "Existe por trás disso uma necessidade muito grande de destruir uma coisa chamada multilateralismo, que é o que permitiu que o mundo tivesse um comércio mais equilibrado", afirmou. "O Brasil não tinha efetivamente nenhuma razão para ser taxado", acrescentou.
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