Capital do Haiti tem meio milhão de jovens sem acesso a educação
Violência e medo estimulam ingresso de menores em gangues locais
A capital do Haiti, Porto Príncipe, tem um longo problema com a criminalidade das gangues, o que afeta o dia a dia da população. O cenário impacta, inclusive, as crianças e jovens que, desde 2020, não podem mais frequentar as escolas devido à violência crescente.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Em 2021, mais de 19 mil pessoas, incluindo 15 mil mulheres e crianças, tiveram que deixar os lares por conta da violência nas áreas urbanas da capital. Posteriormente, várias casas foram queimadas e destruídas.
Segundo associações de crianças em Porto Príncipe, meio milhão de crianças perderam o acesso à educação e cerca de 1,7 mil escolas estão fechadas. Além disso, cerca de 13% de jovens receberam propostas ou ameaças para entrar em gangues.
+ Brasil chega a 76 casos confirmados de varíola dos macacos
Bruno Maes, representante do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef), ressalta que dar armas às crianças para lutar e usá-las como soldados ou espiões é uma violação dos direitos da criança. Para ele, as crianças devem poder frequentar a escola com segurança e brincar livremente.
*Estagiário sob supervisão de Cido Coelho