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Bolívia critica ideia de Bolsonaro em dar asilo a Jeanine Áñez

Deputado boliviano pede respeito à decisão que condenou à ex-presidente a 10 anos de prisão

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A ex-presidente boliviana, Jeanine Áñez
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A ideia de se conceder asilo político à ex-presidente da Bolívia, Jeanine Áñez, fez com que o presidente Jair Bolsonaro fosse criticado publicamente por uma das principais lideranças políticas do país vizinho, que pediu respeito ao funcionamento das instituições locais.

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"Jair Bolsonaro não está interessado em massacres, democracia ou justiça", alfinetou, por meio de mensagem nas redes sociais, o presidente da Câmara dos Deputados da Bolívia, Freddy Mamani Laura. A postagem contra o posicionamento do mandatário brasileiro foi divulgada na 2ª feira (27.jun).

Aliado do atual presidente boliviano, Luis Arce, e do grupo político que tem o ex-presidente Evo Morales como líder, Mamani Laura não mediu palavras e definiu a situação que levou Jeanine ao poder como "golpe de estado". Então senadora, ela assumiu a presidência da Bolívia em novembro de 2019, após a renúncia de Morales, e permaneceu no cargo por um ano.

"Salvar uma das marcas do golpe de estado de que participou em 2019."

Para o presidente da Câmara dos Deputados da Bolívia, Bolsonaro busca ajudar quem, na visão do político boliviano, foi diretamente ajudada por ele anos atrás. "O que ele quer [Bolsonaro], ao oferecer asilo político à Jeanine Áñez, é salvar uma das marcas do golpe de estado de que participou em 2019", reclamou. "Exigimos respeito pela determinação da justiça boliviana!", concluiu Mamani Laura.

De presidente a condenada

A possibilidade de se conceder asilo político à Jeanine Áñez foi revelada por Bolsonaro no último fim de semana, quando concedeu entrevista ao canal 4 por 4, no YouTube. A afirmação ocorreu duas semanas após a ex-presidente boliviana ter sido condenada a 10 anos de prisão. A Justiça da Bolívia a considerou culpada de ter sido responsável por aplicar resoluções contra a Constituição do país.

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