Vaticano publica pedidos de ajuda enviados por judeus ao papa Pio XII na 2ª Guerra Mundial
Perseguidos, muitos pediam ajuda para fugir, reencontrar familiares, além de apoio espiritual
Giovanna Colossi
A pedido do Papa Francisco, o Vaticano tornou público centenas de milhares de cartas escritas por judeus ao papa Pio XII (1939-1948) durante a Segunda Guerra Mundial. São 170 pastas, com 40 mil arquivos digitalizados.
Os pedidos eram de vistos ou passaportes para expatriação, refúgio, reunificação com um membro da família, liberação da detenção, transferência de um campo de concentração para outro, notícias sobre uma pessoa deportada, fornecimento de alimentos ou roupas, apoio financeiro, apoio espiritual e muito mais.
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Cada um desses pedidos constituía um arquivo que, uma vez processado, era destinado à preservação em uma série documental chamada "Judeus". Milhares de pessoas perseguidas por sua pertencer a religião judaica, ou por uma mera descendência "não ariana", dirigiam-se ao Vaticano sabendo que outros haviam recebido ajuda
Os pedidos chegavam à Secretaria de Estado, onde os canais diplomáticos eram ativados para tentar fornecer toda ajuda possível, levando em conta a complexidade da situação política em escala mundial.
Depois que os arquivos do pontificado de Pio XII foram abertos à consultas em 2020, esta lista particular de nomes foi chamada de "Lista Pacelli" (ou seja, Papa Pio XII), em analogia a conhecida "Lista Schindler". Os textos podem ser consultados no site da Santa Sé.
