Projeto de lei que garante direito ao aborto é derrotado nos EUA
Proposta foi apresentada após Suprema Corte sugerir ilegalizar o procedimento no país
Um projeto de lei que garantia o direito ao aborto nos Estados Unidos foi rejeitado pelos parlamentares do Senado. Em votação realizada na noite de 4ª feira (11.mai), a chamada "Lei de Proteção à Saúde da Mulher" ficou 11 votos abaixo dos 60 necessários para ser levada a um debate completo na Casa, sendo reprovado por 51 dos senadores.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
A proposta foi apresentada em meio à insegurança da população, uma vez que a Suprema Corte confirmou a autenticidade de um projeto que sugere impor a ilegalidade do procedimento no país. Com a derrubada da jurisprudência Roe vs. Wade, de quase 50 anos, cada estado teria o direito de determinar as próprias políticas de aborto.
Antes da votação no Senado, mais de 20 parlamentares da Câmara, principalmente mulheres, protestaram com uma passeata, cantando "meu corpo, minha decisão". A proposta foi apoiada pela maioria dos democratas, enquanto todos os 50 republicanos da Casa rejeitaram o texto.
Na última semana, diversas organizações progressistas pediram para que a população norte-americana se reúna no próximo dia 14 em protesto a favor do aborto. Cerca de quatro grandes marchas devem ser organizadas ao longo da data, sendo uma em Washington, uma em Nova York, uma em Chicago e outra em Los Angeles. Além disso, centenas de comícios devem receber apoio no resto do país.
+ Forte onda de calor na Índia resulta na queda de milhares de pássaros
"A nossa mensagem para os republicanos é clara: vocês vão nos ver nas ruas em maio, vão nos ver nas ruas em junho e vão nos ver nas urnas em novembro!", declarou Kelley Robinson, funcionária do grupo Planned Parenthood, que administra clínicas que realizam abortos.