Transfobia: Travesti brasileira é impedida de entrar no México
Keila Simpson, ativista pelos direitos da população trans, iria participar do Fórum Social Mundial
Pablo Valler
O Fórum Social Mundial vai ter um desfalque em um de seus eventos. A mesa de debate sobre violência contra a população trans não vai mais contar com a participação da travesti brasileira Keila Simpson.
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Ela foi barrada assim que desembarcou no aeroporto da capital mexicana. Enquanto outros mebros da delegação foram simplesmente liberados, Keila foi levada a uma sala, onde apresentou passagens aéreas, reserva em hotel e convite oficial do evento. Mesmo assim, esperou por quase dez horas e acabou sendo deportada.
Veja o que ela disse ao chegar no Brasil, em sua conta no Instagram:
A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), junto a outras cinco organizações ligadas ao apoio e proteção da comunidade LGBTQIA+, lançaram nota avaliando que "o México não está qualificado com os princípios mais modernos e parâmetros internacionais de direitos humanos e não possui protocolo para tratamento quanto ao reconhecimento de identidade de gênero".
A Antra reivindica ainda respostas do consulado brasileiro no país e do governo do México. Entidades de direitos humanos de diversos países prestaram solidariedade à ativista brasileira, qua ainda vai participar do debate de forma virtual.