OMS denuncia maus tratos e violação de privacidade durante partos
Situações podem influenciar no atendimento pós parto e prejudicar a saúde das mães e dos bebês
A Organização Mundial da Saúde (OMS) denunciou, na manhã desta 6ª feira (25.mar), situações de maus tratos e violação aos direitos à privacidade de gestantes durante o parto. Segundo o monitoramento, publicado no BMJ Journals, os casos foram identificados em diferentes regiões do mundo e acabam "comprovando que cada vez mais mulheres sofrem tratamento inaceitável durante o nascimento dos filhos".
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
A entidade destaca que os maus-tratos podem "prejudicar seriamente a confiança no hospital ou centro de saúde" e assim, "as mulheres podem evitar os locais antes, durante e depois do parto", gerando consequências sérias para a saúde e bem-estar de mães e bebês e até colocando vidas em risco. Para Ozge Tunçalp, pesquisadores do Departamento de Saúde Reprodutiva da OMS, melhorar a experiência das gestantes é essencial.
"Quando mulheres e seus bebês recebem cuidados respeitosos, de qualidade e centrados na pessoa, existem mais chances delas buscarem cuidados de saúde e procurarem seus médicos no pós parto", afirma a pesquisadora. Ela explica, ainda, que os casos de maus-tratos em gestantes adolescentes contribuem ainda mais para a "insatisfação e perda de oportunidade de engajamento com o grupo".
+ UE anuncia ajuda monetária à Ucrânia e acolhimento de refugiados
Em análise anterior feita pela Organização das Nações Unidas (ONU), os pesquisadores concluíram que mulheres que não podem ter acompanhante durante o parto são geralmente as que mais relatam "abuso físico, procedimentos médicos não-consensuais e falhas na comunicação", na comparação com as que entraram na sala de parto acompanhadas.